Criança hospitalizada por fome no hospital Al Adwan | Foto: Geir Stray Andreassen/The Guardian

A fome criada pelo bloqueio da entrada de alimentos à Faixa de Gaza está ameaçando as vidas da população em Gaza.

“Vinte e uma crianças morreram devido à desnutrição e fome em várias áreas da Faixa de Gaza,” relatou Mohammed Abu Salmiya, diretor do Complexo Médico Al-Shifa em Gaza.

Abu Salmiya disse para jornalistas, que casos severos de fome estão chegando a todo momento no que restou dos hospitais de Gaza.

“Estamos caminhando para um número alarmante de mortes devido à fome infligida ao povo de Gaza,” ele disse. Ele também disse que a fome está ameaçando as vidas de mais de 900.000 crianças em Gaza. No total, 33 pessoas morreram de fome, somando crianças e adultos em 48 horas.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, chamou o que está acontecendo em Gaza de “um show de horrores” e “um nível de morte e destruição sem paralelo nos últimos tempos”.

Segundo dados da UNICEF, em média 28 crianças morrem por dia em Gaza, por tiros e bombas, mais de 17.000 foram mortas e 33.000 feridas. Com a destruição de toda infraestrutura civil, a contagem de mortos, feridos e desaparecidos está comprometida e os números podem ser muito maiores.

A estas mortes começam a se somar os que começam a morrer por inanição.

Dessas mortes há que considerar os assassinados durante os massacres de mais de 1000 palestinos que morreram procurando comida, executados por soldados israelenses e mercenários americanos, desde que os governos dos Estados Unidos e de Israel anunciaram o esquema de distribuição de comida no final de maio.

Eles estão usando a promessa de comida para uma população desesperada de fome, como isca, para então massacrá-los. A empresa norte-americana, ‘Gaza Humanitarian Foundation’ (GHF), apoiada por Israel e pelos EUA, é a nova fase do genocídio contra o povo palestino em Gaza.

Fonte: Papiro