Lula e o primeiro-ministro do Vietnã, Phạm Minh Chinh, na visita de março. Foto: Ricardo Stuckert

O Vietnã poderá, em breve, se tornar parceiro do Brics, conforme sinalizou recentemente seu governo. O anúncio oficial poderá ser feito pelo primeiro-ministro Phạm Minh Chinh, durante reunião de líderes do bloco no Rio de Janeiro, em julho. A presidência dos Brics, neste ano, cabe ao brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (países que deram origem ao termo Brics), o bloco tem como membros plenos Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Já entre os parceiros, categoria criada em 2024, estão Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

Um reforço no sentido de o Vietnã virar parceiro do bloco ocorreu em março deste ano, durante visita de Lula ao país. Na ocasião, Lula o convidou a assumir essa posição em relação aos Brics.

De acordo com nota conjunta dos dois governos emitida na passagem de Lula pelo país, o Vietnã “elogiou as prioridades da presidência brasileira do Brics em 2025: saúde; comércio, investimento e finanças; mudança do clima; governança de inteligência artificial; reforma do sistema multilateral de paz e segurança; e desenvolvimento institucional do Brics”.
A mesma viagem resultou, entre outros encaminhamentos, em acordo relativo ao plano de ação para o período de 2025 a 2030, a fim de implementar parceria estratégica entre os dois países, que é um tipo de relacionamento diplomático superior.

A relação bilateral foi elevada à categoria de parceria estratégica em novembro de 2024, durante encontro de Lula com o primeiro-ministro do país, Pham Minh Chinh, no Rio de Janeiro, quando ocorria reunião do G20. No ano passado, foram celebrados os 35 anos de relações diplomáticas entre as duas nações.

Na ocasião, Lula salientou que “com o fluxo de comércio bilateral que já se aproxima de US$ 8 bilhões, o Brasil exporta mais para o Vietnã do que vende para Portugal, Reino Unido e França. Por isso, meu governo tem interesse em reconhecer o Vietnã como economia de mercado. Essas e outras medidas vão nos permitir ampliar os fluxos de comércio e de investimento entre nossos países”.

Com agências
(PL)