Atividade econômica cresce 0,2% em abril, segundo BC

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC) teve uma variação de 0,2% em abril, embora mostrando recuo ante o mês anterior que registrou uma alta de 0,7%. A desaceleração ocorre após o índice fechar o primeiro trimestre do ano com um crescimento de 1,3% da economia.
O IBC-Br, divulgado mensalmente, é um indicador que busca antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador do BC traz estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda. Por conta disso, é considerado uma prévia a respeito da evolução da atividade econômica do país.
Apesar da variação positiva do mês, o desempenho do índice foi baseado no crescimento apenas das atividades de Serviço, segmento de maior peso no PIB, que no fundo tem uma dependência dos outros setores para seu desempenho. As atividades de Agropecuária e Indústria, no mês, vieram com variações negativas. Menos 0,9% para o primeiro setor e menos 1,1% para a indústria.
A desaceleração dos serviços em abril (0,2%), a queda do comércio varejista no mesmo mês (-0,4%), somados ao baixo desempenho da indústria, que em abril registrou uma queda de 1,7% na produção de São Paulo e em mais oito das 15 regiões, conforme pesquisas do IBGE, apresentam um cenário de recuo da atividade econômica nacional, advinda do forte impacto da elevação das taxas de juros (Selic) pelo Banco Central.
A expectativa para o resto do ano, segundo diferentes analistas, é de perda de força da economia em razão desse aperto monetário levado a efeito pelo BC, que pode ainda se acentuar, visto não estar descartada, para próxima quarta-feira, um novo aumento da taxa Selic, além do exorbitante percentual corrente de 14,75% ao ano.
Fonte: Página 8