Duas pontes foram explodidas e um trem de passageiros descarrilou | Foto: Procuradoria de Transportes de Moscou

Ataques que explodiram duas pontes na Rússia e um trem de passageiros e causaram sete mortos e 66 feridos, três deles em estado grave, inclusive uma criança, foram considerados “atos de terrorismo” pelo Comitê de Investigação russo, principal agência de investigação criminal do país, e, conforme a agência de notícias Ria Novosti, o presidente Vladimir Putin foi informado.

Os atentados contra alvos civis acontecem na véspera da segunda sessão da retomada das negociações Ucrânia-Rússia em Istambul. A mídia russa mostrou equipes de resgate trabalhando no local, perto de Bryansk, no sudoeste do país, a cerca de 100 km da fronteira.

Até o momento da edição, não havia uma declaração oficial do governo russo sobre esses atentados.

No relato do Komsomolskaya Pravda, “Na noite de 31 de maio, um viaduto desabou aqui, sob a qual um trem de passageiros passava naquele momento, seguindo a rota Klimovo-Moscou. A estrutura desabou repentinamente sobre o trem. O trem descarrilou e os vagões capotaram.” O trem levava mais de 300 passageiros.

“Houve um estrondo alto, um golpe… Eu já acordei no chão, fui jogada do beliche. O trem estava tombado, tudo estava de cabeça para baixo. Os passageiros reagiram instantaneamente. Homens quebraram janelas e tiraram pessoas”. “Então olhei ao redor da rua, mas não vi realmente nada, apenas um aterro e parte da ponte sobre o primeiro vagão do trem”, disse ao jornal, Irina B., de 58 anos.

Os feridos foram levados para hospitais próximos e os casos mais graves, transportados para Moscou. Na manhã de 1º de junho Os passageiros foram levados para a capital russa por um trem reserva e recebidos na Estação Kievsky por parentes e amigos.

A representante do Comitê Investigativo, Svetlana Petrenko, confirmou tratar-se de uma explosão o que fez o viaduto desabar.

Como as explosões estão relacionadas à passagem de trens, é de presumir que era objetivo ter vítimas entre os civis, mas isso terá de ser confirmado pelas investigações.

Em paralelo, o regime de Kiev realizou ataques de drones contra aeródromos militares russos em cinco regiões da Rússia, que teriam sido notificados previamente ao governo norte-americano, segundo o portal Axios. O regime de Kiev não costuma reconhecer a autoria de atentados, mas costuma parabenizá-los. Nos últimos dias, as tropas russas libertaram vários assentamentos e a situação ucraniana no Donbass é percebido como crítica, até pela mídia imperial.

Na semana passada, o presidente Trump chegou a fazer uma declaração destemperada sobre ataques russos, ignorando – ou não tem sido informado sobre – a escalada prévia de ataques ucranianos com drones contra alvos civis na Rússia. A resposta russa foi dura, mas essencialmente contra alvos militares, reiterou o Kremlin.

Fonte: Papiro