100 mil nas ruas de Haia dizem basta ao morticínio de palestinos por Israel

Mais de 100 mil manifestantes se reuniram na ruas de Haia, neste domingo, para exigir do governo da Holanda medidas para conter Israel e parar o genocídio em Gaza.
Organizadores do ato consideram que esta foi a maior manifestação na Holanda nos últimos 20 anos. Os participantes atenderam ao chamado de usar roupas vermelhas para simbolizar “uma linha vermelha” traçada pelo protesto.
Os que se pronunciaram execraram o uso da fome como arma de guerra por Israel. Milhares de palestinos foram mortos de fome sob as ordens do governo genocida de Israel com o apoio dos Estados Unidos, que segue enviando armas para assassinar em massa civis palestinos. Se aproxima de 60 dias a proibição de entrada de ajuda humanitária, seja na forma de alimentos, medicamento ou agasalhos com o declarado intuito de acelerar o extermínio do povo palestino.
Os manifestantes também acusam o governo da Holanda de permanecer em silêncio, de se recusar a agir, diante de tantas violações das leis da guerra por parte de Israel.
Faixas foram erguidas para conclamar: “Desenhe uma linha vermelha para Gaza”, “Parem de matar crianças”, “Parem o genocídio”, “O governo Schoof é surdo”, “Vergonha para o governo, suas mãos estão ensanguentadas”, “Holanda paga, Israel bombardeia”, “Palestina livre” e “Não há paz sob ocupação”.
ONGs de direitos humanos e ajuda humanitária, como Anistia Internacional, Médicos Sem Fronteiras, Save the Children, Pax, Oxfam Novib, The Rights Forum e Plant an Olive Tree e outros grupos pró-Palestina são os organizadores desse protesto.
Haia é a cidade holandesa onde se encontra o ‘Corte Internacional de Justiça’ (CIJ) sediada no Palácio da Paz e o ‘Tribunal Penal Internacional’ (TPI) que pediu a prisão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
Aos milhares, os manifestantes, marcharam do centro da cidade até o Palácio da Paz. A CIJ está julgando a acusação de crimes cometidos por Israel, configurando genocídio em Gaza, a pedido do governo da África do Sul.
No ano passado, a CIJ determinou que Israel deveria proteger a população civil de Gaza e permitir a entrada de ajuda humanitária. Decisão que Israel ignora e continua com a chacina continuada contra civis palestinos.
Como efeito positivo do protesto, o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, já havia feito duras críticas a Israel, disse que o governo israelense não respeita direitos humanos e princípios democráticos com o bloqueio de ajuda humanitária em Gaza. Ele também pediu a revisão de acordos comerciais entre a União Europeia e Israel.
Fonte: Papiro