China e Vietnã fortalecem parceria estratégica | Foto: AFP

Em contraposição à fracassada política imperial de Trump de persistir transformar o mundo em sua propriedade (como perorou seu secretário para América Latina, Pete Heseth: “Vamos recuperar nosso quintal”), o presidente da China, Xi Jinping, começou nesta segunda-feira (14) uma gira ao Sudeste Asiático em que reforçou as relações diplomáticas e comerciais com a região.

Xi tem buscado trabalhar com base no diálogo e entendimento, a série de visitas tem por objetivo entrelaçar as parcerias e torná-las mais estáveis, em oposição às ameaças e chantagens de Washington.

Com mais de 100 milhões de habitantes, o Vietnã é o primeiro dos países visitados na sequência, que inclui a Malásia (34,5 milhões) e o Camboja (17,1 milhões). O principal objetivo das viagens, “de grande importância”, como apontou Pequim, é compensar o impacto das taxas alfandegárias decretadas pelo presidente americano Donald Trump contra os produtos chineses e seu impacto para as economias locais.

O tarifaço imposto por Trump, assinalou Xi Jinping, “não está levando a lugar nenhum”, além de “um conflito do qual nenhum vencedor pode emergir”. Em relação ao Vietnã, o líder chinês enfatizou a relevância dos “nossos dois países protegerem firmemente o sistema de comércio multilateral, a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais dentro de um ambiente internacional de abertura e cooperação”.

Além do Vietnã, Malásia e Camboja, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) é composta por Indonésia (281,6 milhões), Filipinas (116 milhões), Tailândia (66 milhões), Mianmar (55,7 milhões), Malásia (34,5 milhões), Laos (7,4 milhões), Singapura (6 milhões) e Brunei (456 mil), tendo se destacado como um poderoso bloco regional.

Com mais de 700 milhões de habitantes, o Sudeste Asiático é apontado como essencial para as exportações chinesas, com a Asean sendo um dos seus maiores destinatários, totalizando US$ 586,5 bilhões em mercadorias. Conforme dados da alfândega chinesa, entre eles se destaca o Vietnã, com US$ 161,9 bilhões em importações chinesas, seguido pela Malásia, com US$ 101,5 bilhões.

O ministro das Comunicações da Malásia, Fahmi Fadzil, considerou a visita do presidente como “parte das iniciativas do governo para melhorar as relações comerciais com vários países, incluindo a China”.

Fonte: Papiro