Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem, Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo | Foto: Sinpeem

Em assembleia nesta terça-feira (16), em frente à Câmara de Vereadores, no viaduto Jacareí, região central da capital paulista, milhares de servidores da educação municipal de São Paulo, atenderam ao chamado da Coeduc (Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal e mais uma vez disseram ‘não’ à proposta de reajuste do prefeito Ricardo Nunes. 

O ato/assembleia desta terça contou com a participação de outras entidades representativas dos educadores e de outros setores do funcionalismo municipal. Em campanha salarial, a categoria rejeitou a proposta do Executivo de reajuste de 2,60% de aumento a partir de 1º de maio de 2025, e 2,55% a partir de 1º de maio de 2026, índices abaixo da inflação. 

A categoria defende um reajuste linear de 12,9% para todos os servidores, além da valorização do piso salarial para todos os profissionais da educação, com a proposta de que esses valores sejam incorporados às carreiras. Outro ponto da pauta é o fim do confisco previdenciário de 14% sobre as aposentadorias. 

Os profissionais também pedem a revogação da Lei 8.221/2024, enviada por Nunes ao Legislativo municipal no final do ano passado. Aprovada por sua base de apoio na Casa, sem qualquer diálogo com os sindicatos, o texto ataca direitos dos professores, como redução da jornada com prejuízo dos salários para àqueles que estão readaptados/reacomodados em outras funções e também para os trabalhadores em licença médica superior a 30 dias. 

Além disso a lei, aprovada no final de dezembro, interfere ainda na autonomia administrativa e aprofunda a política de privatização levada pela atual gestão municipal. “Não podemos abrir brechas para atacarem os direitos da educação. Em defesa da carreira, não ao subsídio!”, defendeu Claudete Alves, presidente em exercício do Sedin (Sindicato dos Servidores da Infância Paulistana).  

“Orgulho da nossa categoria de luta. Hoje ocupamos as ruas, da Câmara à Prefeitura, por valorização, melhores condições de trabalho e segurança nas escolas”, disse Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo). “Seguimos firmes com a Coeduc”, reiterou. 

Norma Lucia Andrade, presidente do Sinesp (Sindicato Especialistas Ensino Público São Paulo), também ressaltou a importância da luta pela carreira. “Temos uma luta árdua com o governo Nunes e a nossa carreira para defender. A Coeduc tem importância fundamental para fazer o enfrentamento contra o governo Nunes”, reiterou.

Na próxima terça-feira (22), uma nova manifestação/assembleia unificada em frente ao gabinete do prefeito no Viaduto do Chá, às 11h, vai reavaliar os rumos do movimento. Após a votação, haverá caminhada até a Câmara para pressionar os vereadores a promoverem alterações no projeto enviado pelo prefeito.  

A votação da proposta prevista para hoje não aconteceu devido ao pedido de vista da vereadora Sílvia, da Bancada Feminista/PSOL.

Fonte: Página 8