“Israel transformou a Faixa de Gaza em um campo de extermínio”, denuncia a ONU

O regime de Israel está bloqueando a entrada de mantimentos de todo tipo à Faixa de Gaza há mais de um mês e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, declarou que “os mantimentos estão secando e as portas do horror reabriram-se”, referindo-se à retomada do extermínio contra os palestinos na Faixa de Gaza, desde a ruptura do cessar-fogo por Netanyahu de forma unilateral.
“Gaza tornou-se um campo de extermínio e os civis se encontram em um ciclo mortal sem fim”, disse ainda Guterres, neste dia 8.
Suas declarações ocorreram logo após uma declaração conjunta de seis agências da ONU, através de seus dirigentes, exigindo que a comunidade internacional atue com urgência para fazer com que a ajuda humanitária volte a ultrapassar os portões da Faixa de Gaza, o que foi interrompido desde o dia 2 de março, antes ainda da ruptura do cessar-fogo por Israel em 18 de março.
O Ministério do Exterior de Israel acusou o secretário-geral da ONU de “espalhar difamações contra Israel”, quando a retomada dos bombardeios levou à morte de 1.449 palestinos em menos de um mês e o total de assassinatos desde outubro de 2023 já se aproxima dos 51.000.
“A situação atual é um beco sem saída totalmente intolerável diante das leis internacionais e da história”, disse Guterres dizendo ainda que “Israel, a potência ocupante tem por obrigação garantir a chegada de alimentos e medicamentos à população”.
“A população de Gaza é pega em uma armadilha, bombardeada e esfomeada de novo”, diz o comunicado das agências de ONU.
A declaração é firmada pelas seguintes agências:
OCHA – Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários
Unicef – Fundo da ONU para a Infância
WFP – Programa Mundial de Alimentos
OMS – Organização Mundial de Saúde
Unrwa – Agência da ONU para os Refugiados Palestinos
UNOPS – Escritório da ONU para Serviços de Projetos
Fonte: Papiro