BRICS firma acordos para garantia de segurança alimentar reunido em Brasília

Os ministros da Agricultura dos países membros do BRICS participaram, até esta quinta-feira (17), de uma reunião em Brasília para debater os desafios do setor e firmar acordos para garantia de segurança alimentar e desenvolvimento do setor.
Na reunião, os membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Indonésia, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos) “reafirmaram compromisso com a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, promovendo a cooperação internacional e políticas públicas voltadas à redução da insegurança alimentar”, informou o governo brasileiro.
Foi feito o compromisso de que os países fortalecerão suas políticas públicas e a cooperação técnica para desenvolver a agricultura familiar, com participação de povos indígenas e comunidades locais, na produção de alimentos.
Ainda na reunião foi lançada a Parceria dos BRICS para a Restauração de terras, que promoverá “a recuperação de terras degradadas com fogo em agricultura sustentável, florestas plantadas e segurança alimentar”. A Parceria ainda vai estimular financiamentos e fortalecer pesquisas nesse âmbito.
Segundo o governo brasileiro, que está presidindo o BRICS, foi debatida a importância do uso da tecnologia na pequena produção com máquinas e equipamentos adequados para esse tipo de produção, além da organização da produção através de cooperativas e associações.
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, destacou no encontro que “o futuro da agricultura está diretamente ligado à capacidade de nossos países de inovar com equidade, produzir com responsabilidade e cooperar com confiança”.
“O BRICS tem uma responsabilidade crescente na arquitetura da segurança alimentar mundial. Somos líderes na produção de grãos, carnes, fertilizantes e fibras”, avalia.Os países membros do BRICS representam 30% das terras agrícolas, 30% da pesca extrativa e cerca de 80% da produção de alimentos em termos de valor, além de 50% da população mundial, informou o Ministério.
Fonte: Página 8