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O Supremo Tribunal Federal alcançou, nesta quarta-feira (19), 8 votos para rejeitar os recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes, que tentavam excluir os ministros Alexandre de Moraes, relator, Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento da denúncia de tentativa de golpe de Estado.

Até o momento, os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Dias Toffoli, Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra os pedidos de impedimento.

Faltam votar ainda os ministros Luiz Fux, André Mendonça e Kassio Nunes.

No voto apresentado por Barroso, presidente da Corte, ele reiterou que as defesas não apresentaram provas concretas para justificar o afastamento dos ministros.

Para o presidente do STF, não houve “concreta demonstração da parcialidade” alegada.

 “Alegações genéricas e desacompanhadas de provas concretas da aventada parcialidade do julgador não se prestam para a caracterização do alegado impedimento”, escreveu Barroso.

Os recursos estão sendo analisados em sessão extraordinária no plenário virtual do STF, com votação marcada para encerrar às 23h59min desta quinta-feira (20).

A decisão foi pautada com urgência, já que o julgamento da denúncia contra Bolsonaro e outras 6 pessoas envolvidas — o chamado “núcleo 1” — no plano golpista está agendado para as próximas terça (25) e quarta-feira (26), na Primeira Turma da Corte.

A Primeira Turma do STF é composta por: Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

Os recursos em julgamento incluem:

• Mário Fernandes solicitou a suspensão do ministro Flávio Dino, sob a alegação que ele era ministro da Justiça durante os eventos de 8 de janeiro;

• Bolsonaro, por sua vez, alegou a suspeição de Flávio Dino com base em queixa-crime movida contra o ex-presidente por calúnia, injúria e difamação, quando Dino era governador do Estado do Maranhão;

• Bolsonaro também solicitou o impedimento de Cristiano Zanin, afirmando que, quando o ministro era advogado, subscreveu notícia-crime contra Bolsonaro por ataques às instituições; e

• Braga Netto, que está preso, questionou a imparcialidade de Alexandre de Moraes, sob a alegação que o ministro não poderia relatar o processo devido à denúncia que envolvia operação para executá-lo durante o golpe — “Plano Punhal Verde e Amarelo” e “Copa 2022”.

Fonte: Página 8