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O governo Lula vai oferecer crédito para produtores de alimentos e estuda a criação de um estoque regulatório de pelo menos R$ 1 bilhão para impedir aumentos nos preços dos alimentos.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o governo já tem um grupo que está acompanhando a evolução dos preços de cada alimento para oferecer créditos “para estimular o aumento da produção e reduzir o preço dos alimentos na mesa do povo brasileiro”.

O governo se preocupa em estudar a situação detalhadamente para que novas medidas sejam incluídas no Plano Safra 2025-26, que será lançado em junho.

Teixeira ainda falou que “nós queremos retomar uma política que o governo passado destruiu, que é uma política de estoques”.

“Nós estamos estimando que R$ 1 bilhão dá para começar esse estoque. Se você tiver R$ 1 bi para estocar, eu acho que você pode se concentrar em arroz, feijão e trigo. Então, com esses produtos nós podemos fazer um estoque bem, digamos assim, cuidadoso. E, assim, de uma maneira progressiva”, explicou.

A medida deverá ser incluída pelo governo federal na proposta de Orçamento de 2025, que ainda será votado no Congresso Nacional. “A gente vai agora discutir no Orçamento, tem que viabilizar recursos, é a medida de estoques públicos. Isto é, como a gente faz, de uma maneira muito cuidadosa, de uma maneira muito progressiva, estoques públicos para enfrentar as altas conjunturais de alguns alimentos”, continuou Teixeira.

Em entrevista ao site Poder360, ele lembrou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já realiza esse tipo de ação, tendo parado somente nos governos Temer e Bolsonaro.

Paulo Teixeira citou o caso do milho, que foi comprado pela Conab durante a baixa dos preços e vendido mais tarde, quando houve uma elevação.

Segundo ele, o fator mais importante para o aumento no preço dos alimentos foi a “valorização do dólar diante da eleição do Trump. O dólar saiu de R$ 5,80 para R$ 6,30. Como todos os alimentos estão dolarizados, exportáveis, eles aumentaram”.

Somente em dezembro, o preço dos alimentos subiu 1,18%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, o aumento foi de 0,96%.

Fonte: Página 8