Banqueiro vencedor da eleição alemã promete impunidade a Netanyahu: venha que não será preso

O líder democrata-cristão e banqueiro, Friedrich Merz, que venceu as eleições de domingo passado na Alemanha e é considerado virtual próximo primeiro-ministro, prometeu impunidade ao homólogo israelense, contra quem há um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, pelo genocídio em Gaza, asseverando ao carniceiro de Tel Aviv que pode vir visitar a Alemanha sem medo de ser preso.
O TPI emitiu o mandado em novembro de 2024, por crimes de guerra e contra a humanidade relacionados ao conflito de Gaza, o que Israel diz ser “antissemitismo”.
Falando em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (25), Merz revelou que convidou Netanyahu para uma visita, apesar de Berlim ser signatária do Estatuto de Roma, o tratado que rege o TPI.
Para o banqueiro, “é uma ideia completamente absurda que um primeiro-ministro israelense não possa visitar a República Federal da Alemanha”. Merz acrescentou que “encontraríamos maneiras e meios para ele visitar a Alemanha e sair novamente sem ser preso.”
Em suma, para Merz o absurdo não é que as forças coloniais de Israel matem quase 50 mil palestinos, na maioria mulheres, crianças e velhos, é que o criminoso de guerra Netanyahu se veja diante do tribunal e tenha seu momento Nuremberg.
Ex-CEO na Alemanha do maior fundo de especulação norte-americano, o BlackRock, além da cumplicidade explicitada com o carniceiro israelense, Merz também é entusiasta da continuação da guerra da Otan contra a Rússia na Ucrânia, contra as negociações entre Trump e Putin e defende entregar a Zelensky mísseis Taurus capazes de atingir Moscou.
Depois dos EUA, o maior fornecedor de armas e dinheiro para Kiev tem sido o governo alemão. A responsabilidade alemã no genocídio de judeus na Alemanha não é desculpa para apoiar o genocídio de palestinos pelos ocupantes israelenses, ao contrário do que dizem os cínicos em Berlim, mas sim uma razão adicional para não ser conivente.
Fonte: Papiro