“EUA e seus aliados roubam tudo o que valha a pena roubar”, condenou Waters | Foto: AFP

O músico britânico Roger Waters, fundador da banda Pink Floyd, afirmou que a “política genocida” adotada pelos Estados Unidos e seus aliados levará ao “fim do império”, pois os povos do mundo não aceitam mais tantas mortes e opressão.

“Estamos assistindo às maquinações do possível fim de um império, o império ocidental. Caiu a máscara. Nós, o Ocidente, nos comportamos com brutalidade insuportável em relação aos povos oprimidos em todo o mundo”, denunciou o vocalista e ativista de direitos humanos”. “Nós, o povo, odiamos isso. Odiamos a brutalidade de nossos governos”, enfatizou.

Na entrevista do Going Underground com Roger Waters, publicada na íntegra na segunda-feira (16), o músico assinalou que “lunáticos criminosos” nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Europa estão empenhados em criar um futuro em que a mortandade seja permitida, e cabe aos homens e mulheres que não concordam com isso tomar uma posição e dizerem “Não”.

Aos 81 anos, a lenda do rock condenou a escalada da violência no Oriente Médio e revelou que está em curso “uma batalha existencial pela alma da raça humana”, em que, felizmente, seu lado conta com bilhões de apoiadores. “Se o império vencer esta batalha, nossos filhos, netos e quaisquer sobreviventes desta situação terão que viver em um futuro em que todos concordaremos que um genocídio é aceitável”, frisou.

Waters ridicularizou os que comemoraram a queda do governo sírio no início deste mês, lembrando que o governo de Bashar Assad foi boicotado pelas sanções ocidentais e pela ocupação militar de parte do país. Os Estados Unidos, esclareceu, têm efetivamente “roubado” o petróleo sírio ao longo de uma década, agindo “como um bando de gangsteres poderosos”, que “roubam tudo o que valha a pena roubar”.

Condenando o papel serviçal do primeiro-ministro britânico Keir Stamer, cúmplice do governo Netanyahu no genocídio de Gaza, o ativista disse que sentia vergonha por ser inglês, enquanto a matança de palestinos continua.

Mais do que nunca, tem destacado, é hora de se levantar “em oposição ao fascismo, à injustiça e ao fanatismo em todas as suas formas”.

Fonte: Papiro