Após bombardear, tropas de Israel invadem hospital em Gaza
Invasão militar, seguida de sequestro de pacientes e médicos, ocorreu após ataque com drones armados com mísseis portadores de bombas de fragmentação que deixaram dezenas de feridos incluindo um diretor do hospital Adwan no norte da Faixa de Gaza
Forças do exército genocida de Netahyahu invadiram o hospital Kamal Adwan em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, forçaram a equipe médica e os pacientes a sair e sequestraram parte deles, na sexta-feira (06).
As forças israelenses também bombardearam um bloco residencial perto do Hospital Kamal Adwan, resultando na morte de vários civis e ferimentos em outros.
Uma fonte do Hospital disse que as forças israelenses realizaram uma série de ataques aéreos nos lados norte e oeste da instalação, acompanhados por tiros.
Logo depois, dois indivíduos entraram no hospital com um alto-falante e ordenaram a evacuação de todos os pacientes, pessoas deslocadas e equipe médica. Eles reuniram todos à força no pátio do hospital e deslocaram médicos e pacientes a um posto de controle próximo.
O mesmo hospital Kamal Adwan já foi alvo de uma série de ataques, um deles no domingo (1º de dezembro) usando uma nova arma: “drones que lançam bombas repletas de estilhaços ampliando o número de ferimentos graves”. A denúncia é do diretor do hospital, Hussam Abu Safya, ele próprio internado após ter sido vítima destes armamentos.
As forças israelenses atacaram os geradores de oxigênio no Hospital na sexta-feira à noite, piorando uma situação já crítica. A fonte alertou que a situação geral no norte de Gaza, particularmente ao redor do hospital, atingiu níveis catastróficos. O hospital está sobrecarregado com vítimas. Há informação de que quatro membros da equipe médica foram mortos.
Com apenas dois cirurgiões inexperientes restantes para realizar as cirurgias, eles tiveram que operar 20 pacientes gravemente feridos, disse uma fonte no local.
Uma equipe médica indonésia; a única equipe médica restante para realizar cirurgias, foi forçada a sair e seguir em direção a um posto de controle. Com suprimentos médicos quase esgotados, centenas de indivíduos feridos ainda aguardam tratamento.
A fonte relatou ainda que as forças israelenses continuam atacando o Hospital Kamal Adwan e seus arredores com drones, afetando gravemente o já sobrecarregado sistema de saúde na Faixa de Gaza, em flagrante desrespeito às leis e convenções internacionais.
A situação no sul e no centro de Gaza é igualmente crítica sob cerco criminosos das forças de ocupação há quase dois meses, bloqueando a entrega de remédios, alimentos, equipe médica, ambulâncias e todos os serviços essenciais necessários.
Destacando a grave crise médica causada pelo ataque militar de Israel a Gaza, que dura 14 meses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou que pelo menos 12.000 pacientes em Gaza precisam de evacuação médica de emergência devido ao genocídio israelense em curso na região.
Tentando aliviar a catastrófica situação do massacre, o Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que uma operação de evacuação médica transportou com sucesso 8 pacientes para fora de Gaza com a ajuda do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia. Cinco pacientes foram transportados de avião para a Bélgica, dois para Espanha e um para a Romênia para receberem o tratamento médico necessário.
O Dr. Tedros expressou sua gratidão aos governos desses países pelo apoio no acolhimento dos pacientes e a todos os parceiros e organizações que ajudaram a facilitar a operação.
Ele enfatizou que a situação continua crítica, com milhares de pacientes adicionais necessitando de transporte urgente para receber cuidados médicos.
Fonte: Papiro