Abimaq: aumento da Selic desestimula investimentos e prejudica indústria nacional
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou nota, nesta quinta-feira (12), criticando o “tom duro” do Banco Central ao elevar a taxa básica da economia (Selic) em um ponto percentual, para 12,25% ao ano, “intensificando assim o ritmo de aperto monetário”.
“Novamente o comunicado divulgado pelo COPOM, após a reunião, teve um tom duro, com a sinalização de novas altas em janeiro e março, o que reflete uma postura excessivamente rígida. Embora compreendamos a necessidade de reforçar o compromisso com o controle da inflação e reconhecemos a seriedade dos desafios, acreditamos que é necessário ponderar os impactos de uma política monetária tão restritiva sobre o setor produtivo. A elevação dos juros encarece o custo do crédito, desestimula investimentos produtivos e afeta diretamente a competitividade da indústria nacional. Tornando o acesso ao financiamento para renovação de maquinário, expansão de capacidade e inovação tecnológica ainda mais difícil”, diz a nota da entidade.
A Abimaq alerta que, “embora a economia esteja apresentando um bom desempenho, no momento, os efeitos da política monetária produzirão uma desaceleração no ritmo de crescimento. Apesar disso, não enxergamos uma recessão iminente. No entanto, é crucial que o Banco Central considere os danos colaterais que uma taxa de juros elevada pode causar”.
“Reiteramos que a política monetária precisa ser calibrada com equilíbrio, garantindo que o combate à inflação não aconteça às custas do enfraquecimento estrutural da indústria, comprometendo investimentos estratégicos que impulsionam a produtividade e a competitividade do Brasil”, conclui a nota da Abimaq.
Fonte: Página 8