Após furacões, terremotos atingem ilha caribenha nesta segunda-feira | Foto: AFP

Ainda se recuperando da destruição causada pelos furacões Oscar e Rafael, que colapsaram o seu sistema energético, Ilha enfrentou nesta segunda-feira (11) dois grandes terremotos, com efeitos devastadores. “Antes de tudo, salvar vidas”, afirma o presidente Díaz-Canel, à frente da recuperação.

Após ser atingida por dois furacões em menos de um mês, que colapsaram o sistema energético cubano e prolongaram os apagões, a ilha caribenha enfrentou na manhã desta segunda-feira (10) dois grandes terremotos de 5,1 e 6,7 na escala Richter, que sacudiram o oriente do país, informou o Centro Nacional de Investigação Sismológica (Cenais).

Diante da gravidade da situação, “com deslizamentos de terras, danos a casas e a linhas de energia”, o Conselho de Defesa Nacional afirmou que a prioridade, “antes de tudo é salvar vidas”, garantindo a distribuição de água, energia e abastecimento.

O presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez pediu aos habitantes das áreas afetadas que saiam e permaneçam em locais abertos, frisando que todos os moradores de edifícios altos devem ter garantia de abrigo. “Estamos começando a avaliar os danos para iniciar a recuperação. Antes de mais nada, salvar vidas”, reiterou.

Especialistas em saúde, comunicadores e psicólogos foram mobilizados de todo o país e chegaram às áreas mais afetadas pela atividade sísmica, onde o governo cubano está garantindo o atendimento às necessidades básicas.

Uma ampla e ágil rede de comunicação foi formada entre os governos locais e provinciais (estaduais) a fim de manter o Conselho de Defesa Nacional informado para que sejam avaliados os danos e sejam atendidas com urgência cada uma das necessidades, o que tem sido feito com extrema dedicação, de forma a vencer a devastação, apesar do criminoso bloqueio estadunidense.

A presidente do Conselho Provincial de Defesa de Artemisa, Gladys Martínez Verdecia, informou que 245 pessoas estão sendo atendidas. Acompanhada pelo vice-primeiro-ministro, Comandante da Revolução, Ramiro Valdés Menéndez, Verdecia disse que mais de 5.700 moradores afetados já contam com acesso à eletricidade; que 60% da população tem acesso à telefonia fixa e 40% à telefonia móvel. O problema permanece sendo a água potável, ressaltou, frisando que apenas 17% dos atingidos viram o serviço restabelecido nas moradias, necessitando o apoio de caminhões pipa.

Verdecia assinalou avanços vitais na restauração de instalações de saúde pública, na distribuição de alimentos e no trabalho na agricultura, que incorpora brigadas para ajudar na recuperação de máquinas de irrigação. Entre outras informações, ressaltou que em breve chegarão à província 60 toneladas de cimento e 4.000 metros quadrados de telhas de zinco.

Enquanto isso, Mayabeque, menor província cubana, [que cultiva frutas cítricas, tabaco, uva para vinho e cana-de-açúcar para o rum], já havia recuperado 77% da eletricidade, embora o município de Quivicán ainda estivesse completamente às escuras.

Na capital, Havana, 850 casas foram afetadas, mas quase 90% do território já conta com a eletricidade plenamente restabelecida pelas “verdadeiras proezas” que o empenho e a dedicação dos cubanos executaram.

Fonte: Papiro