Equipes de resgate buscam vítimas do ataque israelense em vilarejo a leste de Beirute | Foto: AFP

O Ministério da Saúde Pública do Líbano confirmou que ao menos 78 pessoas morreram e outras 122 pessoas ficaram feridas – várias gravemente – pelos sangrentos ataques movidos pelos nazisraelenses contra diversos pontos do país mediterrâneo nesta terça-feira (12). Concentrada especialmente no sul, no centro e no leste, a agressão tem levado à devastação da infraestrutura, obrigando o êxodo forçado com o agravamento das condições de atendimento dos que mais necessitam.

Na onda de ataques Israel tem tido como alvo não os redutos armados da Resistência libanesa como alardeia o regime de Netanyahu para tentar se desvencilhar da condenação mundial à sua barbárie, mas teve como objetivo alastrar o pânico.

Bombardeio semeia devastação na periferia sul da capital, Beirute, onde vivem 800 mil pessoas, agora vítimas de intensos ataques desde 8 de setembro, os quais atingem regiões da capital e aldeias no sul do país. Nesta terça puseram abaixo um prédio, deixando seis mortos e 15 feridos. Ao todo foram registrados 12 bombardeios na capital.

Imagens de vídeo de um dos ataques, que circularam nas redes sociais, mostraram dois mísseis atingindo um prédio de cerca de 10 andares, levando à sua destruição e levantando nuvens de poeira entre os escombros.

Na cidade de Aramoun, nos arredores da capital, as bombas atingiram um edifício residencial sem que nenhum alerta tenha sido emitido antes do ataque, que também deixou várias crianças desaparecidas.

Conforme o comunicado do Ministério, 24 pessoas faleceram na província central de Monte Líbano – zona que acolhe a milhares de deslocados pelos bombardeios –, 39 no sul e outras 13 na região meridional de Nabatiye, brutalmente castigada pelos invasores. Além disso, outras duas pessoas morreram e 11 ficaram feridas na região noroeste de Baalbek-Hermel, que na semana passada já havia sido alvo de covardes bombardeios das tropas de Netanyahu.

Com esta nova contagem, o número de assassinados já alcança 3.365 desde 8 de outubro de 2023 – um dia após a eclosão da guerra em Gaza – enquanto os feridos é de 14.344 feridos, com inúmeros mutilados. A grande maioria destas mortes ocorreu desde que Israel lançou sua campanha de bombardeios massivos contra o Líbano, que já provocou o deslocamento de mais de 1,2 milhão de pessoas.

De acordo com o levantamento do governo libanês, ao menos 653 mulheres e 216 crianças foram massacrados pelas tropas israelenses, enquanto 192 profissionais de saúde perderam a vida e 308 ficaram feridos. Tendo como alvo os locais de apoio aos civis, os sionistas também lançaram bombas contra 88 centros ambulatoriais, 40 hospitais e 244 ambulâncias, confirmaram as autoridades libanesas.

O Hezbollah tem defendido o Líbano e se solidarizado com os palestinos lançando foguetes, mísseis e drones contra alvos militares israelenses.

Fonte: Papiro