Manifestantes gregos bloqueiam caminhões com armas para guerra da Otan na Ucrânia
Manifestantes gregos protestaram contra a guerra por procuração da Otan contra a Rússia na Ucrânia bloqueando um comboio de caminhões que transportava novo fornecimento de armas ao regime neonazista de Kiev. Os caminhões foram forçados a tomar uma estrada secundária, ao ter sua passagem pela cidade de Tyrnavos, na Tessália, rechaçada.
Os veículos foram pichados com os dizeres: “Assassinos da Otan go home” e o prefeito da cidade, Stelio Tsikritsi afirmou que “não permitiremos que a carga da morte passe pela cidade, não permitiremos que o país seja arrastado ainda mais para o matadouro imperialista”.
Segundo a mídia grega, os seis caminhões transportavam “mísseis e outras munições” de uma base grega para a Ucrânia.
O protesto começou na rodovia e prosseguiu na cidade. Os manifestantes, muitos deles, da Juventude Comunista grega, com faixas e bandeiras condenaram a Otan e o regime de Kiev e denunciaram que o governo de direita está arrastando o país para uma guerra com a Rússia.
Caminhões com armas e munição são desviados e depois pichados: “assassinos da Otan fora”!
“Denunciamos o governo que, em nome de grupos empresariais domésticos, está esvaziando os quartéis gregos de munição, envolvendo assim o país em uma guerra imperialista injusta dos EUA-OTAN-UE”, afirmou o eurodeputado do PC grego (KKE), Vasilis Metaxas, na manifestação na quarta-feira (6).
Os participantes também denunciaram o fato de que o transporte da carga perigosa foi realizado no meio do dia através de uma cidade populosa onde vivem milhares de pessoas.
Outros protestos contra a guerra para estender a Otan até às portas da Rússia já ocorreram na Grécia, país onde existe uma forte consciência antifascista. No mês passado, o governo de Atenas assinou um acordo com Kiev para participar do treinamento de pilotos ucranianos e pessoal técnico para os F-16 fornecidos pelos EUA e seus satélites.
Após esperar por oito anos após o golpe da CIA que colocou no poder herdeiros dos colaboracionistas de Hitler na II Guerra Mundial para que acordos (Minsk I e II) de pacificação e respeito aos russos étnicos na Ucrânia fossem cumpridos e diante da iminência de operação militar ucraniana de expulsão da população do Donbass, e propor a Washington a restauração da segurança coletiva na Europa com fim da expansão da Otan a leste, a Rússia iniciou uma operação militar especial em2022 para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e restaurar seu status de país neutro sem bases estrangeiras.
O regime de Kiev perseguiu os falantes de russo, os comunistas e os cristãos ortodoxos, pôs na constituição a obrigação de ser anexado pela Otan e proibiu qualquer negociação com Moscou.
Atualmente, até mesmo a mídia ocidental dá como desesperadora a situação no front, o mandato de Zelensky como presidente já acabou, sem novas eleições que o substitua, com partidos opositores jogados à clandestinidade e o regime instalado pelos EUA em 2014 vem fazendo água a olhos vistos.
Fonte: Papiro