Miguel Díaz-Canel com trabalhadores em visita aos locais atingidos pelo Furacão. Foto: Miguel Díaz-Canel/X

A situação energética de Cuba continua em atenção. Na última quarta-feira (6) o país foi atingido pelo furacão Rafael, antes previsto como tempestade. Os fortes ventos fizeram com que o sistema elétrico do país fosse afetado, por outro lado o governo cubano destacou que a forte preparação para o enfrentamento ao furacão impediu uma tragédia.

Na sua rede X, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, ressaltou que o furacão não causou mortes, pois encontrou o “formidável muro da organização”.

“As violentas rajadas de vento do furacão Rafael encontraram o formidável muro da organização, a ação coordenada dos fatores e a solidariedade insuperável do nosso povo. Embora tenha destruído muita coisa, não deixou nenhum morto ou desaparecido”, disse Canel.

O presidente visitou as províncias mais afetadas: Artemisa, Mayabeque e Havana. A comitiva fez um balanço sobre a recuperação nestas localidades. Das 15 províncias do país, 9 foram afetadas.

Como prevenção, milhares de cubanos na rota do furacão foram evacuados de seus imóveis para abrigos e outros locais seguros.

Em todo o país, os ventos provocaram o desligamento da energia para quase a totalidade da população, cerca de 10 milhões de habitantes do total de 11 milhões.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia de Cuba e a estatal Unión Eléctrica, quando os ventos do furacão Rafael chegaram 60 km/h foi realizado o desligamento controlado dos circuitos de distribuição, para evitar acidentes e falhas nas redes elétricas. Informações dão conta que os ventos atingiram mais que o triplo do limite para a interrupção controlada: 185 km/h.

A empresa coloca que as medidas de preparação e resposta adotadas incluíram “a suspensão do serviço elétrico nas zonas afetadas para evitar maiores danos e garantir a segurança dos cidadãos.”

No momento o foco é a retomada gradual da energia e recuperação das infraestruturas afetadas.

Danos causados pelo Furacão em Cuba. Foto: Miguel Díaz-Canel/X

Energia elétrica

A situação energética da ilha está sob atenção do governo. No final de outubro os cubanos lidaram com um apagão de quatro dias por falha na Termelétrica Antonio Guiteras. Em seguida, o país enfrentou o furacão Oscar, que deixou 8 mortos.

Na ocasião o governo brasileiro atendeu a um pedido do governo de Cuba e enviou insumos e medicamentos em apoio à população afetada pelo desastre causado pelo furacão Oscar. Os envios foram organizados pelo Ministério da Saúde em uma remessa que atende, ao todo, 4.500 pessoas pelo período de um mês.

A experiência trágica com o furacão Oscar fez com que as preparações para este novo evento climático extremo (Rafael), em pouquíssimo tempo, fossem mais contundentes. Apesar disso, plantações foram afetadas, desabamentos ocorreram e algumas áreas necessitam drenagem.