Fotógrafo capturou imagens do míssil de Netanyahu ao chegar e explodir no prédio residencial | Colagem com fotos/AP

Os jornais libaneses destacaram dois ataques aéreos do regime genocida de Israel que atingiram edifícios residenciais e causaram pelo menos seis mortos em Beirute, no domingo (17), na continuação dos bombardeios contra o centro e subúrbios ao sul da capital e outras cidades do Líbano.

Sob a já costumeira falsa narrativa de atacar alvos militares da Resistência do Líbano (Hizbullah), a agressão causou grande destruição ao atingir as proximidades do Hospital St. George em Hadath, incluindo danos à Igreja de Nossa Senhora do Destino.

O canal pan-árabe Al Mayadeen relatou os efeitos do ataque a um prédio de 12 andares na proximidade da Igreja de São Miguel na área de Chiyah, no subúrbio sul de Beirute.

A aviação israelense atingiu também a região de Burj al-Barajneh, perto da escola secundária Ali Nasser, e do centro acadêmico Burj al-Hidaya, na mesma área.

As aulas tiveram que ser suspensas nesta segunda (18) e na terça-feira (19) em escolas e universidades da capital libanesa.

De acordo com as autoridades do país, o fechamento das escolas e universidades foi “necessário” diante do aumento dos ataques no centro de Beirute e nos subúrbios do sul da capital, onde explosões ocorrem de maneira ininterrupta.

O segundo bombardeio, na noite de domingo, no distrito comercial de Mar Elias, matou duas pessoas e feriu 13, tendo como alvo uma loja de eletrônicos, um carro e um apartamento em uma área residencial a oeste da capital.

A destruição causada nos últimos quatro dias nesta região é equivalente a um mês de bombardeios, frisou o correspondente da Rádio França Internacional (RFI) no país. O Exército israelense lançou a segunda fase da sua ofensiva terrestre no Líbano em 6 de novembro.

Já no sul do país, as tropas de Netanyahu realizaram oito bombardeios nas proximidades da cidade de Roumein e arredores de Azzah, as aldeias de Batouleh, Ramadiyah e Malakiyah, no distrito de Tiro, no início da manhã do mesmo domingo e atacaram a cidade de Khiam, com bombardeios intensos que incluíram o uso de bombas ao longo do rio Litani.

E também lançaram bombas perto da subestação de energia elétrica, na área de Jdeideh Marjayoun.

Nas últimas oito semanas, os ataques aéreos das forças de Netanyahu demoliram centenas de edifícios e casas em todo o Líbano, deslocando milhares de residentes.

O Banco Mundial afirmou que o ataque que Israel comete no Líbano causou mais de 8 bilhões de euros (48 bilhões de reais) em danos físicos e perdas econômicas.

Só os danos nas infraestruturas foram avaliados em 3,2 bilhões de euros (aproximadamente 18 bilhões de reais), enquanto as perdas econômicas atingiram 4,8 bilhões de euros (aproximadamente 30 bilhões de reais), de acordo com um comunicado divulgado no último final de semana.

Até hoje, o Ministério da Saúde contabilizou 3.452 mortos e 14.664 feridos como resultado da escalada da violência israelense contra a nação desde outubro de 2023.

Na Faixa de Gaza, na Palestina, o exército genocida israelense cometeu quatro massacres contra famílias nas últimas 24 horas, resultando na morte de 76 civis e no ferimento de outros 158, segundo relatos de fontes médicas.

O número de pessoas mortas desde o início da agressão à Faixa, em 7 de outubro de 2023, é de 43.922, a maioria das quais são crianças e mulheres. Outros 103.898 ficaram feridos.

Milhares de vítimas ainda estão presas sob os escombros ou espalhadas pelas estradas, enquanto as equipes de ambulâncias e de defesa civil lutam para chegar até elas devido aos contínuos ataques israelenses, à enorme quantidade de escombros e à escassez de combustível e equipamento médico.

Os dados sobre vítimas em Gaza estão incompletos devido à intensa agressão israelense, à interrupção repetida e completa das comunicações e dos serviços de Internet, à falta de combustível e à infraestrutura devastada, o que torna difícil documentar o número de vítimas.

Fonte: Papiro