Shu Jueting, porta-voz do Ministério do Comércio da China | Foto: AFP

A porta-voz do Ministério do Comércio da China, Shu Jueting, denunciou que a interferência norte-americana “mina a estabilidade internacional no terreno do comércio, ataca as cadeias internacionais de suprimento industrial e fere os direitos legítimos da China”.

Além disso, o Escritório de Assuntos de Taiwan do governo chinês advertiu aos governos americano e taiwanês, que a ordem mandando a empresa taiwanesa ‘Taiwan Semiconductor Manufacturing Co’ (TSMC) de cessar com os envios de chips de 7nm para clientes na China irá prejudicar fundamentalmente Taiwan pois restringirá as vendas do produto, enquanto que a China já evoluiu para a autossuficiência em chips de 7 nanômetros.

O governo chinês condena o retorno dos EUA ao espírito de Guerra Fria abrindo mão da concorrência para medidas de interferência hegemonista que só conduz à frustração e atraso. A empresa TSMC acatou a ingerência norte-americana e interrompeu na segunda-feira, 11, todos os envios para empresas chinesas. Os chips são utilizados em aparelhos eletrônicos e no processmaentoi de Inteligência Artificial.

Pelas absurdas medidas, que demonstram total submissão do governo de Taiwan a Washington, daqui para frente, qualquer fornecimento de chips taiwaneses para empresas chinesas deve passar primeiramente pela aprovação do Departamento de Comércio do governo dos EUA.

Como consequência, o índice de semicondutores subiu para o maior pico em bolsas, nos últimos três anos devido a estas novas restrições. A expectativa agora é de que as próprias restrições impostas pelos americanos irão resultar em um investimento pela autossuficiência chinesa na fabricação de semicondutores. Isso poderia deixar a indústria de fabricação de semicondutores de Taiwan obsoleta.

O ‘CSI Semiconductor Index’ subiu mais de 6% nesta segunda feira, o ponto mais alto para semicondutores chineses desde 2021. O ‘CSI Integrated Circuits Index’ subiu 5% e as ações da SMIC (principal concorrente da TSMC) subiram 4%. A resposta do mercado portanto é de que o embargo, a longo prazo, está favorecendo os chineses.

Fonte: Papiro