Forças de Netanyahu ameaçam condenar palestinos à morte por inanição e doenças | Foto: OMS

A Organização das Nações Unidas denuncia que os palestinos estão sendo dizimados pela fome e que 85% de suas tentativas de coordenar comboios de ajuda e de visitas humanitárias ao norte da Faixa de Gaza foram rejeitadas ou bloqueadas pelas autoridades israelenses no mês de outubro. 

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou, na segunda-feira (11), que o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) apresentou às autoridades de ocupação israelenses 98 pedidos de permissão para passar pelo posto de controle ao longo da Faixa de Gaza, mas apenas 15 foram autorizadas que, mesmo assim, enfrentaram obstáculos, incluindo atrasos, que as impediram de concluir suas tarefas.

Dujarric assinalou que o Escritório está “preocupado com o destino dos palestinos que permanecem no norte de Gaza enquanto o bloqueio persiste, e apela a Israel para que abra urgentemente a área para as operações humanitárias, uma vez que as necessidades são enormes”. 

“Nos últimos três dias, equipes do OCHA, de agências de direitos humanos da ONU, de remoção de minas terrestres, e outros grupos humanitários visitaram nove locais na Cidade de Gaza para avaliar as necessidades de centenas de famílias deslocadas, muitas das quais estão regressando ao norte da Faixa de Gaza”, informou o porta-voz. 

Isto ocorre num momento em que a fome se intensifica no norte de Gaza, depois de mais de 50 dias em que as forças de ocupação israelenses proibiram ajuda ou entrada de produtos às centenas de milhares de pessoas bloqueadas ali e que, pelas informações das agências da ONU, estão submetidas à mais violenta campanha de genocídio para eliminá-las através de assassinatos e deslocamentos forçados. 

Pelas informações do Ministério da Saúde da Palestina, o número de mortos desde o início da agressão israelense a Gaza em 7 de outubro de 2023 aumentou para cerca de 43.600, enquanto o número de feridos ultrapassou 102.930 pessoas.

Equipes humanitárias e médicas ainda enfrentam grandes dificuldades para chegar às milhares de vítimas, que estão presas sob os escombros ou em áreas de difícil acesso, devido aos bombardeios em andamento na Faixa de Gaza.

Fonte: Papiro