Forças russas romperam linhas de defesa ucranianas para avançar rumo à libertação de Ugledar | Vídeo

Tropas russas libertaram na quinta-feira (3) a cidade de Ugledar no Donbass, que havia sido transformada a partir de 2014 pelo regime neonazi de Kiev em uma fortaleza para ataques à República Popular de Donetsk e considerada, até meses atrás, “inexpugnável”.

A bandeira russa já está hasteada na cidade. E, no comentário do Washington Post, “o exército russo está avançando através da Ucrânia a um ritmo não visto desde 2022”.

Ugledar é uma posição estrategicamente importante, com arranha-céus com vista para a planície circundante, que tinha 15 mil habitantes em 2022 e situada a 50 km de Donetsk. “Como resultado de operações conclusivas das unidades do grupo de forças ‘Leste’, a cidade de Ugledar, na RPD, foi libertada”, anunciou o Ministério da Defesa russo.

A libertação de Ugledar reduz radicalmente a capacidade das tropas ucranianas de bombardear a capital, Donetsk, e desbloqueia a ferrovia Donetsk-Mariupol, aumentando a capacidade ofensiva das tropas russas que se dirigem à estratégica cidade de Pokrovsk.

E, portanto, aproxima o objetivo de expulsar os proxies da Otan das fronteiras da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, que se reunificaram com a pátria-mãe Rússia, após realização de referendos.

Como registrou a agência de notícias russa Ria Novosti, o ataque a Ugledar durou apenas 12 dias e a sua fase final ocorreu durante a visita de Zelensky a Washington.

Para “não ofuscar” – como observou sarcasticamente a Novosti – a apresentação a Biden de seu “plano de vitória”, o presidente Zelensky ignorou os insistentes pedidos de sua 72ª Brigada – ou melhor dizendo, do que restara dela – para bater em retirada de Ugledar e salvar a vida de mais soldados.

Ordem que só foi dada no retorno dos EUA, quando já não adiantava muito; o cerco operacional russo já estava completo, barrando eventuais reforços de pessoal ou munição, e deixando apenas um estreito corredor ao qual só pequenos grupos de ucranianos podiam ter acesso, e ainda sob fogo russo.

Imagens de vídeo e imagens de tropas russas no controle de Ugledar apareceram nas redes sociais na quarta-feira, mostrando uma bandeira hasteada sobre o prédio da prefeitura. No final do dia, o alto comando ucraniano disse que ordenou “uma manobra de retirada” da cidade. Não ficou claro se alguma unidade realmente conseguiu deixar o cerco operacional.

Como na velha fábula das uvas fora de alcance que estariam verdes, o Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW) comentou que “Ugledar não tem um valor particular, e é pouco provável que a sua captura pela Rússia mude radicalmente o curso das operações ofensivas das Forças Armadas Russas”.

Ao lado do fracasso da investida em Kursk, a queda de Ugledar sinaliza para dias mais difíceis para o projeto da Otan de anexação da Ucrânia através de uma guerra por procuração contra a Rússia, executada pelo regime instalado pela CIA em Kiev com o golpe de 2014 para dar fim à neutralidade do país e submetê-lo a Washington e Bruxelas.

Como é amplamente sabido, pois inclusive foi dito pelo principal negociador de Zelensky nas conversações de 2022 em Istambul, a guerra só seguiu adiante por ordem do governo Biden, levada a Kiev pelo então primeiro-ministro britânico Boris Johnson, de rasgar os acordos que estavam em cima da mesa e que determinavam a neutralidade da Ucrânia, proibição de ingresso em blocos militares, proteção dos direitos dos russos étnicos, inclusive ao uso do próprio idioma, desnazificação e reconhecimento do Donbass e da Crimeia russos, o que teria evitado 600 mil soldados ucranianos mortos como carne de canhão para a Otan ameaçar a Rússia.

Como o presidente Putin afirmou em junho, as bases para a paz continuam sendo esses protocolos de Istambul e é o regime de Kiev que se recusa a negociar, o que inclusive Zelensky formalizou como lei.

A Rússia esperou oito anos pacientemente, enquanto o regime de Kiev, sob instruções dos EUA e cumplicidade de Paris e Berlim, sabotava os acordos de Minsk, sancionados pelo Conselho de Segurança da ONU e que teriam resolvido de forma pacífica o impasse criado pelo golpe de 2014. O que foi confessado, e sem ninguém perguntar, pela ex-primeira-ministra alemã Merkel e pelo ex-presidente francês Hollande.

A Rússia só iniciou sua operação militar especial diante da ameaça de o regime de Kiev repetir, contra os russos étnicos, o que na Iugoslávia a Otan fez com os sérvios, expulsá-los com tropas de suas terras centenares.

O regime de Kiev baniu primeiro os comunistas, depois os cidadãos de fala russa e, depois, qualquer oposição aos herdeiros de Bandera, o chefe dos colaboracionistas com os invasores hitleristas na Ucrânia. Mais recentemente, baniu também a principal igreja cristã ortodoxa.

Ao invés de a Rússia entrar em colapso, é a Europa que está em crise aberta ao abandonar a energia barata russa em prol da subserviência aos EUA, e a locomotiva europeia, a Alemanha, até se depara com o fantasma da desindustrialização.

A um mês das eleições presidenciais nos EUA, é visível que a tentativa de Washington de destruir a Rússia usando 20.000 sanções econômicas e a guerra por procuração na Ucrânia está tendo um desfecho muito diferente do que os imperialistas projetavam.

Ainda mais quando o genocídio perpetrado por Israel, armado e bancado financeira e diplomaticamente pelos EUA, e que agora já se estende ao Líbano, desvenda ao Sul Global, melhor dizendo, à Maioria Global, a que grau de depravação e perversidade a ditadura unipolar de Washington chegou.

Em contrapartida, países como a China e o Brasil buscam trabalhar por uma saída diplomática para a crise no Mar Negro, em última instância gerada pela insanidade de Washington pretender instalar mísseis às portas da Rússia e se recusar a aceitar a restauração do princípio da segurança comum e indivisível na Europa, o que Moscou ofereceu a Washington e à Otan antes de por suas tropas em marcha.

Legenda:
Forças russas romperam linhas de defesa ucranianas para avançar rumo à libertação de Ugledar
(Tropas russas libertam cidade estratégica no Donbass dos sabujos da Otan

Tropas russas libertaram na quinta-feira (3) a cidade de Ugledar no Donbass, que havia sido transformada a partir de 2014 pelo regime neonazi de Kiev em uma fortaleza para ataques à República Popular de Donetsk e considerada, até meses atrás, “inexpugnável”.

A bandeira russa já está hasteada na cidade. E, no comentário do Washington Post, “o exército russo está avançando através da Ucrânia a um ritmo não visto desde 2022”.

Ugledar é uma posição estrategicamente importante, com arranha-céus com vista para a planície circundante, que tinha 15 mil habitantes em 2022 e situada a 50 km de Donetsk. “Como resultado de operações conclusivas das unidades do grupo de forças ‘Leste’, a cidade de Ugledar, na RPD, foi libertada”, anunciou o Ministério da Defesa russo.

A libertação de Ugledar reduz radicalmente a capacidade das tropas ucranianas de bombardear a capital, Donetsk, e desbloqueia a ferrovia Donetsk-Mariupol, aumentando a capacidade ofensiva das tropas russas que se dirigem à estratégica cidade de Pokrovsk.

E, portanto, aproxima o objetivo de expulsar os proxies da Otan das fronteiras da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, que se reunificaram com a pátria-mãe Rússia, após realização de referendos.

Como registrou a agência de notícias russa Ria Novosti, o ataque a Ugledar durou apenas 12 dias e a sua fase final ocorreu durante a visita de Zelensky a Washington.

Para “não ofuscar” – como observou sarcasticamente a Novosti – a apresentação a Biden de seu “plano de vitória”, o presidente Zelensky ignorou os insistentes pedidos de sua 72ª Brigada – ou melhor dizendo, do que restara dela – para bater em retirada de Ugledar e salvar a vida de mais soldados.

Ordem que só foi dada no retorno dos EUA, quando já não adiantava muito; o cerco operacional russo já estava completo, barrando eventuais reforços de pessoal ou munição, e deixando apenas um estreito corredor ao qual só pequenos grupos de ucranianos podiam ter acesso, e ainda sob fogo russo.

Imagens de vídeo e imagens de tropas russas no controle de Ugledar apareceram nas redes sociais na quarta-feira, mostrando uma bandeira hasteada sobre o prédio da prefeitura. No final do dia, o alto comando ucraniano disse que ordenou “uma manobra de retirada” da cidade. Não ficou claro se alguma unidade realmente conseguiu deixar o cerco operacional.

Como na velha fábula das uvas fora de alcance que estariam verdes, o Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW) comentou que “Ugledar não tem um valor particular, e é pouco provável que a sua captura pela Rússia mude radicalmente o curso das operações ofensivas das Forças Armadas Russas”.

Ao lado do fracasso da investida em Kursk, a queda de Ugledar sinaliza para dias mais difíceis para o projeto da Otan de anexação da Ucrânia através de uma guerra por procuração contra a Rússia, executada pelo regime instalado pela CIA em Kiev com o golpe de 2014 para dar fim à neutralidade do país e submetê-lo a Washington e Bruxelas.

Como é amplamente sabido, pois inclusive foi dito pelo principal negociador de Zelensky nas conversações de 2022 em Istambul, a guerra só seguiu adiante por ordem do governo Biden, levada a Kiev pelo então primeiro-ministro britânico Boris Johnson, de rasgar os acordos que estavam em cima da mesa e que determinavam a neutralidade da Ucrânia, proibição de ingresso em blocos militares, proteção dos direitos dos russos étnicos, inclusive ao uso do próprio idioma, desnazificação e reconhecimento do Donbass e da Crimeia russos, o que teria evitado 600 mil soldados ucranianos mortos como carne de canhão para a Otan ameaçar a Rússia.

Como o presidente Putin afirmou em junho, as bases para a paz continuam sendo esses protocolos de Istambul e é o regime de Kiev que se recusa a negociar, o que inclusive Zelensky formalizou como lei.

A Rússia esperou oito anos pacientemente, enquanto o regime de Kiev, sob instruções dos EUA e cumplicidade de Paris e Berlim, sabotava os acordos de Minsk, sancionados pelo Conselho de Segurança da ONU e que teriam resolvido de forma pacífica o impasse criado pelo golpe de 2014. O que foi confessado, e sem ninguém perguntar, pela ex-primeira-ministra alemã Merkel e pelo ex-presidente francês Hollande.

A Rússia só iniciou sua operação militar especial diante da ameaça de o regime de Kiev repetir, contra os russos étnicos, o que na Iugoslávia a Otan fez com os sérvios, expulsá-los com tropas de suas terras centenares.

O regime de Kiev baniu primeiro os comunistas, depois os cidadãos de fala russa e, depois, qualquer oposição aos herdeiros de Bandera, o chefe dos colaboracionistas com os invasores hitleristas na Ucrânia. Mais recentemente, baniu também a principal igreja cristã ortodoxa.

Ao invés de a Rússia entrar em colapso, é a Europa que está em crise aberta ao abandonar a energia barata russa em prol da subserviência aos EUA, e a locomotiva europeia, a Alemanha, até se depara com o fantasma da desindustrialização.

A um mês das eleições presidenciais nos EUA, é visível que a tentativa de Washington de destruir a Rússia usando 20.000 sanções econômicas e a guerra por procuração na Ucrânia está tendo um desfecho muito diferente do que os imperialistas projetavam.

Ainda mais quando o genocídio perpetrado por Israel, armado e bancado financeira e diplomaticamente pelos EUA, e que agora já se estende ao Líbano, desvenda ao Sul Global, melhor dizendo, à Maioria Global, a que grau de depravação e perversidade a ditadura unipolar de Washington chegou.

Em contrapartida, países como a China e o Brasil buscam trabalhar por uma saída diplomática para a crise no Mar Negro, em última instância gerada pela insanidade de Washington pretender instalar mísseis às portas da Rússia e se recusar a aceitar a restauração do princípio da segurança comum e indivisível na Europa, o que Moscou ofereceu a Washington e à Otan antes de por suas tropas em marcha.

Fonte: Papiro