Invasão e bombardeio por Israel deslocam um milhão de libaneses
O diretor da agência da ONU que cuida de migrações alertou que mais de 600 mil pessoas dos 5,4 milhões de habitantes do Líbano foram deslocadas dentro do país devido à invasão israelense e outras cerca de 400 mil pessoas fugiram para o exterior.
Além disso, destaca Duncan Sullivan, metade das escolas públicas libanesas foram convertidas em abrigos, completou a organização de ajuda Save the Children.
O jornal estadunidense The New York Times, por sua vez, noticiou que pessoas deslocadas montaram tendas em praias de areia branca onde os turistas anteriormente tomavam banhos de sol, e ainda detalhou que as pessoas se refugiam em escolas e parques, edifícios inacabados e até em clubes noturnos.
A invasão terrestre por tropas de Netanyahu ao Líbano foi realizada após duas séries de detonações de dispositivos controlados remotamente por Israel e deixando cerca de 4 mil feridos, além de uma campanha de bombardeios aéreos supostamente com o objetivo de decapitar o Hezbollah, cujo líder histórico, Hassan Nasrallah, foi morto num ataque com bombas contra um edifício residencial. Beirute não sofria bombardeios israelenses desde a guerra de 2006.
Com data de início em 3 de outubro, a escalada do ataque de Israel provocou a morte de mais de 2.100 libaneses, incluindo 127 crianças e 261 mulheres, bem como cerca de 9.400 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Israel cometeu crimes contra a humanidade durante sua agressão na Faixa de Gaza, afirmou nesta quinta-feira (10) um informe da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre o Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e Israel.
“O relatório realizado revelou que as Forças de Segurança de Israel deliberadamente mataram, detiveram e torturaram pessoal médico e veículos médicos enquanto apertavam seu cerco a Gaza e restringiam as autorizações para deixar o território para tratamento médico. Essas ações constituem crimes de guerra, de homicídio intencional e maus-tratos, e de destruição de propriedade civil protegida crime de extermínio”, assinalou o documento.
O ministro de Segurança Nacional israelense, o fascista e racista Itamar Ben-Gvir, ordenou pessoalmente a tortura de prisioneiros palestinos, segundo a Comissão.
“O relatório concluiu que os maus-tratos institucionalizados de detidos palestinos, uma característica de longa data da ocupação, ocorreram sob ordens diretas do ministro israelense responsável pelo sistema prisional, Itamar Ben-Gvir, e foram alimentados por declarações do governo israelense incitando violência e retaliação”, frisou o documento.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que quase não há serviços de saúde no norte de Gaza, já que Israel continua bloqueando a entrada de missões de socorro na região.
Ele disse que duas missões da OMS à região foram impedidas e negadas de entrar mais uma vez pela ocupação israelense.
“Pedimos a Israel que pare com as ordens de evacuação e proteja os hospitais”, disse Adhanom nas redes sociais. “O norte de Gaza mal tem serviços de saúde. As pessoas não têm para onde ir”, ressaltou, apelando a Israel para facilitar as missões humanitárias, afirmando que: “Vidas dependem disso”.
O Diretor-Geral da OMS instou Israel a trabalhar em direção a um cessar-fogo. “Todas as pessoas presas neste conflito precisam de paz”, concluiu.
As forças genocidas prosseguem a sua agressão contra a Faixa de Gaza, por terra, mar e ar, desde 7 de Outubro de 2023, resultando no assassinato de 42.126 cidadãos e no ferimento de outros 98.117, a maioria dos quais são crianças e mulheres, pelas contas do Ministério de Saúde da Palestina, na sexta-feira (11), enquanto milhares de pessoas desaparecidas permanecem sob os escombros.
Fonte: Papiro