Prédios atingidos pelos mísseis iranianos em Hod Hasharon, cidade próxima a Tel Aviv | Foto: Jack Guez-AFP

Logo após lançar em direção a Israel centenas de mísseis, o Estado Maior iraniano informou que foram atingidas as bases aéreas de Nevatim (situada no deserto do Neguev, na região centro-sul), Hatzerim e Tel Nof.

Na base de Nevatim foram destruídos 10 caças F-35 e na de Tel Nof outros 10 caças modelo F-15. O comando iraniano informa ainda que tanques foram danificados na base de Netzarim, atingida por mísseis nas proximidades da cidade portuária de Ashkelon.

Informações divulgadas pela mídia israelense corroboram, em parte, as declarações iranianas quanto aos danos infligidos aos alvos militares israelenses.

Os jornais Jerusalém Post, Times of Israel, Haaretz e ainda Wall Street Journal e BBC, citam o porta-voz da força israelense, Daniel Hagari e outras fontes militares, que admitem que várias bases aéreas israelenses foram atingidas, em especial a de Nevatim, que abriga os caças F-35. Segundo Hagari os danos foram menores, atingindo prédios de escritórios e não armamentos. Uma declaração no mínimo contraditória pois ele se nega a dar detalhes do que foi atingido ou a mostrar à imprensa os locais onde os mísseis explodiram, alegando que isso “levaria os iranianos a entenderem a efetividade de seu ataque e aprender lições com isso”

No entanto, bastou a Prefeitura da cidade vizinha a Tel Aviv, Hod Hasharon, se pronunciar para que se tivesse uma ideia da “efetividade” do ataque iraniano. Segundo o informe, só nesta localidade, foram atingidos 100 prédios. Na cidade de Gedera, um prédio escolar foi fortemente danificado. Neste último caso não houve feridos, pois o prédio estava vazio na noite desta terça-feira.

Aliás, às 19:30 do dia 1º a população de 10 milhões de israelenses foi instada a se proteger em abrigos antiaéreos. 15 minutos depois as explosões começaram a ser ouvidas por extensas áreas do país.

O dano não foi maior porque (observada a ineficácia dos sistemas antimísseis Iron Dome e Sling) as forças navais norte-americanas, instaladas nas proximidades, correram em socorro de Israel, segundo informa o Pentágono.

Já no dia 2, uma força israelense que tentou atravessar a fronteira de Israel com o Líbano, teve tanques Merkava destruídos e, em uma emboscada, oito soldados mortos e sete feridos.

O dano causado às tropas de Netanyahu foi de tal monta que o resgate dos mortos e feridos se tornou complexo, com as forças israelenses tendo que fazer uso de helicópteros.

Só ao final da tarde de quarta-feira (2), os militares israelenses forneceram detalhes do dano sofrido ao invadirem o Líbano. “De acordo com a Força de Israel, alguns dos soldados foram mortos por mísseis anti-tanque atirados pelo Hezbollah enquanto alguns morreram em tentativas de evacuar feridos”, repercutiu o jornal Haaretz.

Em informe do dia 2, a força israelense finalmente admitiu que já teve 716 de seus soldados mortos pela resistência desde o dia 7 de outubro, dos quais 56 no que chamou de “incidentes operacionais”, sendo 33 por “fogo amigo”.

Para se ter uma ideia da dimensão colonialista do projeto sionista, um dos soldados recentemente mortos na invasão ao Líbano foi o sargento Nazar Itkin, que chegou da Ucrânia recentemente, em 2014.

Fonte: Papiro