Na quarta-feira (9), a Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou cinco ações que somam um total de R$ 89 milhões em indenizações cobradas de pessoas físicas e jurídicas por queimadas na Amazônia.

Os infratores ambientais são investigados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) nos municípios de Boca do Acre (AM), Lábrea (AM), Altamira (PA), São Felix do Xingu (PA). A estimativa é que 5 mil hectares tenham sido queimados.

O volume do dinheiro que AGU pretende bloquear dos criminosos ambientais visa reparar as áreas afetadas e proibir a exploração das mesmas, assim como visa a suspensão de qualquer incentivo ou benefício fiscal, como  linhas de crédito, que os investigados tenham.

Em somente uma das ações o valor de indenização é de R$ 49 milhões por uma queimada agropastoril em Lábrea (AM), que devastou 2,6 mil hectares de floresta nativa.

As ações foram propostas pelo AGU Recupera, grupo que desde 2003 adota medidas protetivas para restauração dos biomas e do patrimônio cultural brasileiros – um verdadeiro esforço extra da AGU no combate a ilícitos em áreas ambientais.

‘Muralha de Fogo’

Em outra frente de atuação a Polícia Federal (PF) visa prender os responsáveis por um incêndio em Corumbá (MS), no pantanal, que foi chamado de ‘Muralha de Fogo’ devido a grande proporção.

O fato ocorreu em junho e foi amplamente compartilhado nas redes sociais. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão para seis pessoas, todas da mesma família. Outro responsável que é investigado, também da família, já estava preso por responder por outro crime.

Segundo a PF, a família cria gado na região de forma irregular e promoveu a queimada, em plena seca enfrentada no país, para renovar o pasto.

A prática tratada como crime pelo governo federal causou estragos em uma área de 6,5 mil hectares em território brasileiro. O fogo se estendeu também para a Bolívia e por lá pode ter consumido uma área de vegetação até quatro vezes maior.

*Informações AGU e G1