Foto: PGR/Divulgação

A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra 3 deputados federais do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os acusados são Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gil (PL-MA). Eles enfrentam acusações de corrupção passiva e organização criminosa no emprego de emendas parlamentares. A informação é do colunista Aguirre Talento, do portal UOL.

Os deputados são acusados de utilizar emendas parlamentares para obter vantagens indevidas, com desvios de recursos destinados a projetos na Prefeitura de São José de Ribamar (MA).

Segundo a denúncia, os parlamentares teriam enviado recursos para o município com o objetivo de desviar e obter a devolução de parte desses fundos, totalizando R$ 1,6 milhão.

O ex-prefeito Eudes Sampaio relatou à PF (Polícia Federal) que foi alvo de extorsão por parte do grupo para repassar parte dos valores.

A denúncia inclui trocas de mensagens que, segundo a acusação, indicam a pressão exercida pelos parlamentares bolsonaristas sobre o prefeito.

Os autos da denúncia são sigilosos e estão sob relatoria do ministro do STF, Cristiano Zanin.

O ministro determinou a intimação dos acusados para que possam apresentar as respectivas defesas prévias. Após essa etapa, a Primeira Turma do STF decidirá se os deputados serão formalmente transformados em réus.

Essa é a primeira denúncia da PGR sob a gestão de Paulo Gonet que envolve irregularidades com emendas parlamentares. Além disso, Gonet já solicitou ao STF a suspensão das chamadas “Emendas Pix”, consideradas inconstitucionais, e orientou procuradores estaduais a revisar rigorosamente o uso desse instrumento.

A PF também identificou que o grupo de Maranhãozinho teria braço armado para realizar ações violentas, embora a denúncia da PGR não tenha evidenciado atos específicos de violência.

Maranhãozinho enfrenta 3 investigações separadas pela PF, além de outras 2 que estão sob análise na PGR e que envolvem suspeitas semelhantes de desvio de emendas.

O caso em que ele foi flagrado em vídeos carregando caixas de dinheiro está com a PGR desde dezembro de 2021 e ainda não teve definição.

Anteriormente, Maranhãozinho havia negado qualquer envolvimento em irregularidades e se comprometeu a provar a inocência. As defesas de Bosco Costa e Pastor Gil optaram por não se manifestar sobre a denúncia.

Fonte: Página 8