Servidores do INSS em greve denunciam descaso do governo durante negociações
Em greve desde o dia 16 de junho, os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), através da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasp), do Comando Nacional de Greve (CNG) e representantes de sindicatos estaduais, entregaram um documento aos parlamentares em busca de apoio às reivindicações da categoria e intermediação junto ao governo federal para a abertura da Mesa nacional de Negociação da greve.
A categoria rejeitou a proposta de reajuste zero em 2024, com aumento apenas nos benefícios, e denuncia que os servidores do Ministério da Saúde, que também são base da FENASPS, recebem um dos menores salários de todo o Serviço Público Federal. A entidade também denunciou o termo que foi assinado entre o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT), para o fim da greve, alegando que a CNTSS não representa a categoria. O termo assinado com a CNTSS prevê reajustes em duas etapas (em janeiro de 2025 e abril de 2026).
Nesta terça-feira (3), as entidades sindicais participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados, promovida pela Comissão de Legislação Participativa (CLP), e denunciaram o descaso do governo durante as negociações. “O governo rompeu o processo de negociação ao assinar um acordo rebaixado com outra entidade, e até o momento, não foram formalizadas pelo INSS e Ministério da Previdência Social (MPS) as propostas apontadas pela federação”, afirma a Fenasps.
Na audiência, os servidores lembraram ainda que “os aposentados foram colocados à mercê da negociação com o Governo Federal em 2024, considerando que o MGI ofereceu reajuste neste ano apenas nos benefícios (auxílios alimentação, creche e saúde)”.
Diante do impasse na negociação, esta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) agendou para o próximo dia 20, uma audiência de conciliação entre as entidades e o governo federal na tentativa de que haja um acordo.
Fonte: Página 8