Claudia Sheinbaum foi eleita com 60% dos votos: é primeira mulher presidente do México | Foto: AFP

A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, se recusou a visitar a Ucrânia. Ao dispensar o convite de Vladimir Zelensky, ela afirmou que respeitará o histórico de não intervenção nos assuntos internos de outros países, que orienta a política externa mexicana desde a década de 1930.

“Não acho que isso vá acontecer. Repito, agimos com base nos princípios da política externa e da Constituição”, declarou a presidente em entrevista ao jornal Excelsior. “Nossa política externa é definida pela Constituição. Ela é muito clara, digna e pacífica. Os princípios de busca por resolução pacífica de conflitos estarão na base de nossa política externa. Esta é nossa política, e ela permanecerá assim”, reiterou.

Após a polícia de Daniel Noboa ter arrombado com carros blindados a Embaixada mexicana em Quito, o Equador é o único país com quem não há relações diplomáticas, observou. A invasão da sede diplomática pelo governo ventríloquo dos Estados Unidos foi feita para sequestrar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que se encontrava asilado no prédio desde dezembro de 2023.

 “No meu caso, minha principal tarefa é governar no México; participarei de certos eventos internacionais, que consideramos importantes, mas não viajaremos muito, nossa responsabilidade está aqui”, sublinhou. Pelo significado da Cúpula do G20, que será realizada no Brasil nos próximos dias 18 e 19 de novembro, a presidente mexicana avalia que estará presente.

Recentemente, em tom de provocação, Zelensky – que, apoiado pelos EUA e por países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mergulhou seu país em um sangrento conflito com a Rússia – exigiu numa entrevista que as autoridades mexicanas reconhecessem que “Kiev luta por sua independência”. Além disso, manifestou sua arrogância pedindo que “alguém esclareça a situação para os mexicanos”. Seria esse suposto “esclarecimento”, além de um insulto à inteligência dos mexicanos um chamado a mais uma interferência da Casa Branca?

Fonte: Papiro