Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024, em comparação com o primeiro trimestre deste ano (1% dado revisado), segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (3). Frente ao mesmo trimestre de 2023, o PIB subiu 3,3%.

O PIB, que representa a soma do conjunto de todas as riquezas produzidas no país, foi puxado pelos resultados positivos da Indústria (alta de 1,8%) – com destaques para o crescimento da Indústria de Transformação (1,8%) e da Construção (3,5%) – e o setor de Serviços (alta de 1%). No lado negativo, ficou a Agropecuária (queda de 2,3%).

Em relação ao segundo trimestre de 2023, a Indústria avançou 3,9%, com a Indústria de Transformação crescendo 3,6% e a Construção avançando 4,4%.

De acordo com Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, “a Indústria cresceu, mas ainda estamos 5,4% abaixo do 3º trimestre de 2013, que é o patamar mais alto da série histórica da pesquisa”.

Já Serviços subiu 3,5%, enquanto a Agropecuária recuou 2,9%, ambas na mesma base comparativa.

Pela ótica da demanda, no segundo trimestre de 2024, a Despesa de Consumo das Famílias e Consumo do Governo cresceram ambas 1,3% ante aos três meses imediatamente anteriores.

Frente ao mesmo trimestre de 2023, o crescimento foi de 4,9% para o Consumo das Famílias, por impacto tanto do aumento na massa salarial real como no crédito disponível às famílias e pelos juros menores. Já o Consumo do Governo cresceu 3,1%.

Conforme a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), os investimentos em máquinas e equipamentos, construção, entre outros, cresceram 2,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período de 2023, a alta é de 5,7%.

Segundo o IBGE, a evolução no nível da FBCF “é justificada pelo crescimento da produção doméstica e importação de bens de capital, pelo bom desempenho na Construção e no desenvolvimento de sistemas de informática”.

No entanto, a taxa de investimento ficou em 16,8% em relação ao PIB – um resultado muito aquém das necessidades do país. No segundo trimestre de 2023, a taxa foi de 16,4%. Já a taxa de poupança foi de 16,0%, abaixo dos 16,8% do mesmo trimestre de 2023.

No segundo trimestre deste ano, as exportações de Bens e Serviços subiram 1,4% e as importações cresceram 7,6%, ambas em relação ao primeiro trimestre de 2024. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o crescimento foi de 4,5% e 14,8%, respectivamente.

Ao todo, o PIB chegou a R$ 2,9 trilhões no segundo trimestre deste ano, sendo R$ 2,5 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

Fonte: Página 8