Israel bombardeia área residencial ao sul de Beirute, capital libanesa | Foto: AFP

O ataque israelense ao Líbano que deixou mais de 492 pessoas mortas e mais de 1645 feridos, na segunda feira (23), provocou reações de repúdio de líderes mundiais. Os representantes da China e da Rússia condenaram os ataques indiscriminados do regime de Netanyahu contra o Líbano e expressaram solidariedade ao povo libanês. Essa chacina foi a mais letal desde a tentativa fracassada de invasão por Israel ao Líbano em 2006.

Em uma reunião na Assembleia Geral das Nações Unidas o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, junto com o representante libanês, Abdullah Bu Habib, condenou a “Operação Pager”, que executou um ataque terrorista contra a Líbano que matou mais de 37 e deixou mais de 4 mil feridos e os mais recentes bombardeios de segunda-feira.

“Hoje Israel lançou uma grande ofensiva aérea contra o Líbano, causando sérias perdas humanas. Condenamos veementemente essas ações que violam os princípios básicos das relações internacionais,” disse o ministro Wang.

“A situação atual é uma extensão do conflito em Gaza e a posição da China é clara: cessar-fogo permanente e retirada total, só assim se pode pavimentar o caminho para a resolução do conflito”, sublinhou o principal diplomata do gigante asiático,” continuou.

O ministro também assegurou que a China estará ao lado da justiça e que darão total apoio aos “irmãos árabes” e que “a força não representa a verdade”.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, condenou os ataques contra o Líbano.

“Condenamos veementemente os ataques militares em larga escala contra o Líbano. Gostaríamos de destacar, em particular, nossa posição de princípio sobre a inadmissibilidade categórica de ataques indiscriminados, cujas vítimas são civis”, disse a porta-voz.

“Pedimos a cessação imediata das hostilidades, o que evitaria mais derramamento de sangue e criaria as condições para levar a situação adiante em direção a uma solução política e diplomática”, completou.

Zakharova defendeu uma solução política para evitar que o conflito se alastre pelo Oriente Médio em uma guerra em escala ainda maior e que “consequências devastadoras inevitavelmente afetarão a todos, tanto na região quanto fora dela.” E que o governo russo está disposto a coordenar ações com outros países e poderes regionais no sentido de evitar tal cenário.

Fonte: Papiro