Agendas de Lula reafirmam papel de destaque do Brasil no cenário internacional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá, em breve, duas agendas fora do país que reforçam o posicionamento destacado do Brasil no cenário internacional. A principal delas será a abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos, onde estará entre os dias 21 e 25 de setembro.
Além de discursar no debate geral, Lula participará da Cúpula do Futuro, do evento “Em defesa da democracia, combatendo os extremismos”, da abertura da segunda reunião de chanceleres do G20 e de reuniões bilaterais.
Em pronunciamento feito nesta segunda-feira (16), durante cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, autarquia do Ministério das Relações Exteriores, o presidente falou sobre o lugar ocupado pelo Brasil no plano internacional. “Nesse um ano e nove meses agora, na minha volta, nós já conversamos com mais presidentes da República do que qualquer outro presidente da história desse país”, declarou.
Lula enumerou alguns dos eventos em que o Brasil esteve presente ou foi anfitrião. “Participamos de duas reuniões do G7. Já fizemos uma do G20. Vamos ter a outra em novembro. Já visitamos o presidente americano, o presidente chinês, o presidente do Egito. Já visitamos os Emirados Árabes, a Arábia Saudita, o Catar. Já fomos a São Vicente e Granadina fazer a reunião da Celac com 33 países. Já fomos à Guiana fazer reunião com 15 países do Caricom”.
O presidente salientou que a presença do país nas agendas externas é resultado da “orientação que o Itamaraty tem de que o Brasil precisa se fazer presente no mundo”. Ele acrescentou que “o Brasil não é um país pequeno. E o Brasil não pode ser grande apenas pela extensão territorial. O Brasil tem que ser grande porque nós, brasileiros, precisamos acreditar que nós teremos a importância no mundo que a gente queira ter”.
Viagem a Nova York
O presidente Lula chegará a Nova York no próximo sábado (21). No domingo (22), será o segundo orador da primeira sessão da Cúpula do Futuro, convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
A Cúpula será realizada entre os dias 20 e 23 de setembro e é esperado que seja adotado, por consenso, o Pacto para o Futuro, documento contendo compromissos sobre o futuro do sistema multilateral. Além disso, serão adotados a Declaração para Gerações Futuras e o Pacto Global Digital.
Na terça-feira (24), conforme ocorre tradicionalmente, o presidente brasileiro será o primeiro chefe de Estado discursar na reunião da Assembleia Geral, logo após as falas do secretário-geral, António Guterres, e do presidente da 79ª AGNU, Philémon Yang.
Neste ano, o tema central da reunião é “Unidade na diversidade, para a promoção da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para todos, em toda parte”. Além dos eventos na sede da ONU, o presidente deverá manter encontros bilaterais.
Ainda no dia 24, Lula será o co-presidente da mesa redonda “Em defesa da democracia, combatendo os extremismos”, junto com o presidente da Espanha, Pedro Sánchez. O objetivo é debater com outros líderes o fortalecimento das instituições democráticas e o combate à desigualdade, à desinformação e ao extremismo.
Já na quarta-feira (25), Lula discursa na abertura da segunda reunião de chanceleres do G20. Será a primeira vez na história que uma reunião do grupo ocorrerá na sede das Nações Unidas e o Brasil aproveitará a ocasião para lançar um “chamado à ação” pela reforma da governança global.
A delegação brasileira também participará de reuniões de alto nível sobre temas como o fortalecimento do multilateralismo, a reforma da governança global, a defesa da democracia, consolidação da paz, entre outros.
Crise ambiental
A participação do presidente brasileiro na Assembleia Geral da ONU ocorre num momento especialmente delicado para o país.
Reconhecido como um dos principais players mundiais no que diz respeito à luta pela mitigação dos efeitos da crise climática, o Brasil sofre hoje com boa parte de seu território ardendo em chamas, situação que, ao que tudo indica, decorre não apenas das condições climáticas adversas, como a seca histórica, mas também da ação coordenada de criminosos.
O tema certamente deverá permear o discurso de Lula durante sua passagem pelos eventos convocados pela ONU e deverá ser pauta de outros momentos da viagem.
Nesta terça-feira (17), o governo federal anunciou a destinação de R$ 514,5 milhões para ações emergenciais de combate aos efeitos dos incêndios e à situação de grave estiagem que atinge grande parte da Região Norte e a Amazônia Legal.
Telefonema de Putin
A questão das queimadas, aliás, foi um dos temas de telefonema que Lula recebeu, na manhã desta quarta-feira (18) do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores, na conversa, Putin manifestou solidariedade ao Brasil no enfrentamento dos incêndios florestais.
Ambos também falaram sobre a proposta de paz do Brasil e da China para o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Viagem ao México
Além da viagem aos Estados Unidos, o presidente Lula viajará ao México. Ele estará no país nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, para participar da cerimônia de posse da nova presidenta mexicana, Claudia Sheinbawn.
Segundo a nova presidenta, a posse, em 1º de outubro, ocorrerá na Câmara dos Deputados. Na sequência, será oferecido um almoço no Palácio Nacional para convidados estrangeiros.
Com informações da Agência Gov