Porta-voz do Ministério do Exterior da Rússia, Maria Zakharova | Foto: Valery Sharifulin/Tass

Segundo a porta-voz do Ministério do Exterior da Federação da Rússia, o governo ucraniano ataca civis em regiões da Rússia para “esconder seu fiasco no campo de batalha”

“O regime criminoso de Kiev continua atacando habitantes inocentes de cidades e vilarejos russos. Os neonazistas ucranianos, que fracassaram miseravelmente na zona de combate, estão cometendo atos terroristas sangrentos contra a população civil”, denuncia a porta-voz do Ministério do Exterior russo, Maria Zakharova.

Em declarações logo após a incursão da Ucrânia na região russa de Kursk, Zakharova cobrou dos órgãos de imprensa dos Estados Unidos e satélites europeus o respeito à verdade, uma vez que “todos esses crimes sangrentos estão ocorrendo em um contexto de silêncio cínico por parte do Ocidente, que continua a acobertar seus fantoches em Kiev”.

Destacou que “isso só fortalece a sensação de impunidade dos neonazistas ucranianos, que estão confiantes de que podem se safar da responsabilidade por qualquer atrocidade. Apelamos à comunidade internacional para que não fique de braços cruzados e condene resolutamente as ações criminosas do regime de Kiev”.

Zakharova informou ainda que “os tribunais russos continuam a proferir sentenças contra neonazistas ucranianos que cometeram crimes graves contra civis com base em provas do Comitê Investigativo Russo”.

Em sua prestação de serviço aos governos norte-americanos que se emprenham na Guerra Fria, o regime de Kiev destrói com dedicação os elementos que integram o patrimônio memorial soviético e russo.

Segue na demolição de monumentos e não para de renomear locais associados à Grande Guerra Patriótica, à Rússia e à cultura russa.

Às vezes, os funcionários do regime de Zelensky demonstram um cinismo especial e uma engenhosidade ao mesmo tempo ridícula e sofisticada. Por exemplo, recentemente, na região de Zhytomyr, a escultura de Lênin foi “transformada” em um monumento ao “poeta ucraniano Taras Shevchenko”, substituindo sua cabeça. No vilarejo de Luka, distrito de Kalush, região de Ivano-Frankivsk, um monumento aos soldados soviéticos que deram suas vidas pela terra ucraniana foi destruído. E ainda, um total de 78 monumentos aos libertadores está planejado para ser destruído nessa região.

No esforço para esconder seu fiasco no campo de batalha, em 4 de agosto, o regime de Kiev realizou uma pomposa apresentação de caças F-16 entregues por países da Otan. Zelensky, que estava presente no evento, agradeceu aos patrocinadores da Otan pela entrega. De acordo com o The Economist, os primeiros 10 caças (de um total possível de 79) chegaram à Ucrânia no final de julho, e seu número aumentará para 20 até o final do ano.

O restante será supostamente entregue em 2025. Mas a verdade é que, mesmo com os bilhões em aparelhagem militar fornecidos pelo Ocidente, as forças neonazis de Kiev não param de colher revezes, particularmente na região do Donbass, cuja população votou pela libertação do tacão do regime de Zelenski

Essa medida está de acordo com a linha do Ocidente de escalada da crise ucraniana e não contribui para a criação de condições para sua solução por meio de métodos políticos e diplomáticos. Os Estados Unidos da América e seus satélites, que bombeiam cada vez mais armas letais para o regime de Kiev, estão apostando na continuação das hostilidades a qualquer custo. Está claro que Washington e Londres foram levados pelo sonho de infligir uma “derrota estratégica” à Rússia e não estão pensando nas consequências de suas ações irresponsáveis.

A entrega de caças F-16 às forças armadas ucranianas não será a “pílula mágica” com a qual Kiev está contando tanto. Eles não serão capazes de influenciar a situação na zona de combate e serão constantemente destruídos pelas forças armadas russas.

Fonte: Papiro