Foto: Agência Gov

O volume de serviços prestados no Brasil avançou 1,7% em junho deste ano, na série com ajuste sazonal, após a queda de 0,4% (revisado) em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (13). É o maior crescimento do setor desde dezembro de 2022 (2,7%).

Desde novembro do ano passado, quando registrou alta de 1%, o setor, que representa 70% da economia brasileira, vinha variando em torno de zero. Em dezembro de 2023 ficou positivo em 0,5%, nos meses seguintes oscilou entre resultados positivos e negativos: janeiro (+0,5%), fevereiro (-0,5%), março (+0,3%), abril (+0,4%), maio (-0,4%) e junho (+1,7%).

Em junho, o crescimento foi disseminado entre as cinco atividades pesquisadas, apontou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, destacando como principal o crescimento do setor de transportes, que avançou 1,8%, recuperando a perda de 1,5% de maio. Já os serviços prestados às famílias, que incluem desde alimentação e alojamento a serviços médicos, cresceram apenas 0,3% em junho, após avançar 3,1% em maio.

Além do transporte aéreo, o resultado positivo em junho teve um grande contribuição do “transporte dutoviário e a navegação de apoio marítimo, atividades relacionadas com as indústrias extrativas, como a de gás e a de óleos brutos de petróleo”, disse o pesquisador.

O resultado do volume de serviços em junho veio “acima das expectativas” do mercado, segundo os porta-vozes do setor financeiro, que já pressionam por mais aumento de juros pelo Banco Central a pretexto de uma demanda maior por serviços no país.

“O que carrega o bom momento do setor tem a ver com serviços prestados às empresas, especialmente empresas de TI e de inovação”, ressaltou Lobo. “Claro que a conjuntura econômica favorável ajuda, mas não é determinante. O crescimento ocorre porque há demanda maior das empresas, e não das pessoas”, acrescentou.

Na passagem de maio para junho, além de transportes (1,8%) e serviços prestados às famílias (0,3%), os resultados foram: informação e comunicação (2%), profissionais, administrativos e complementares (1,3%) e outros serviços (1,6%).

Frente a junho de 2023, o volume de serviços registra alta de 1,3%. No primeiro semestre, o setor acumula acréscimo de 1,6% e no período de 12 meses até junho, alta de 1%, uma perda em relação ao verificado nos últimos 12 meses até maio, quando ficou em 1,2%.  

Em relação a junho de 2023, a melhora do setor foi puxada por quatro das cinco atividades investigadas: informação e comunicação (5,8%), outros serviços (5,0%); serviços prestados às famílias (4,1%) e dos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%).

Do lado oposto, o grupo que integra as atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio recuou -2,7%, exercendo a única influência negativa no indicador geral.

O setor de serviços registrou um avanço na receita nominal de 2,7% ante maio deste ano. Frente a junho de 2023, alta de  6,3% em relação, 5,8% no acumulado do ano e 4,9% no acumulado de 12 meses.

Fonte: Página 8