Trabalhadores dos Correios pedem apoio a ministro do Trabalho em negociação
Com uma greve que ganha força desde o início da paralisação, há uma semana, os trabalhadores dos Correios solicitaram ao Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que intervenha a favor das reivindicações da categoria junto à direção da ECT.
Na segunda-feira (12), o vice-presidente da Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios), Elias Diviza, entregou ao ministro um documento, afirmando que intermediação é essencial para pressionar a direção da ECT a avançar nas negociações e garantir um acordo justo para os trabalhadores.
“A insatisfação da categoria ficou evidente durante as assembleias, onde os trabalhadores expressaram seu repúdio à proposta da empresa, que não atende às expectativas mínimas da categoria, uma vez que não aborda uma das principais preocupações dos trabalhadores dos Correios: o plano de saúde, que atualmente corrói em torno de 30% dos salários dos trabalhadores. A proposta da empresa não prevê reajuste salarial a partir de agosto, mês da data-base da categoria, adiando-o para janeiro de 2025, bem como não resgata a maioria dos benefícios retirados nos últimos anos. Essa postura, que desconsidera o esforço e a dedicação dos trabalhadores, poderá gerar um impacto significativo nas condições de trabalho e na moral da categoria, que está adoecida pela falta de condições adequadas de trabalho e pela ausência de reposição das vagas dos últimos Planos de Dispensa Voluntária, bem como pela falta de realização de concurso público desde 2011.”
Segundo a entidade, a falta de funcionários suficientes sobrecarrega e faz aumentar o adoecimento dos trabalhadores, além de impactar na qualidade do serviço prestado à população.
“Diante dessa situação, acreditamos que a participação ativa de Vossa Excelência poderá ser crucial para sensibilizar a direção dos Correios e viabilizar um acordo justo, que reconheça os direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo dos anos e que restabeleça condições dignas de trabalho.”, diz o documento.
Fonte: Página 8