Foto: CGU

Os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) iniciaram nesta segunda-feira (5) uma greve de 48 horas, reivindicando avanço nas negociações de reajuste salarial e reestruturação de carreiras com o governo federal.

Além da paralisação das atividades, também faz parte do movimento a entrega de cargos de chefia nos dois órgãos e o início de uma Operação Padrão de intensidade máxima, o que acarreta atraso em todos os processos, como realização de auditorias e entrega de relatórios, no caso da CGU, e operações financeiras de transferências e pagamentos, no caso do Tesouro.

“A carreira pleiteia a retomada das tratativas e o aperfeiçoamento da proposta final, com o atendimento de pautas não remuneratórias, como a mudança no requisito de ingresso no cargo de técnico federal de finanças e controle (TFFC) e a manutenção dos atuais 13 níveis da tabela de progressão da carreira, além da revisão do percentual estabelecido com vistas à recuperação da simetria remuneratória com carreiras de mesmo nível”, afirma o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical).

De acordo com o presidente do Unacon, Rudinei Marques, “é importante destacar que não houve esforço da mesa de negociação nem mesmo para entender e encaminhar pedidos sem cunho remuneratório, como a exigência de nível superior para o TFFC”.

Rudinei Marques também destaca a “assimetria” e tratamento diferenciado entre as carreiras de Estado. “Se tomarmos as três carreiras estratégicas do Ministério da Fazenda, por exemplo, a proposta do governo amplia assimetrias”.

Segundo ele, “é necessário que os órgãos supervisores da carreira da CGU e Ministério da Fazenda, mostrem à ministra do MGI (Gestão e Inovação) que uma mesa de negociação é para negociação, não para impor, muito menos para agir com intransigência e protelação”, ressaltou.

Rudinei Marques ressalta que, com a permanência do governo em ignorar até itens não remuneratórios e deixar de cumprir o que já foi objeto de termo de acordo anterior, “a greve vai permanecer até que a nova assembleia reveja a decisão”.

O sindicato também alerta que, com a greve, uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, para que a CGU realize uma auditoria das emendas parlamentares individuais em até 90 dias, vai ter o seu cumprimento seriamente prejudicado.

Fonte: Página 8