Mulheres “salvam” Time Brasil com medalhas nas Olimpíadas
Antes mesmo de os Jogos Olímpicos de 2024 começarem uma notícia sobre a delegação brasileira chamou a atenção. Pela primeira vez o Time Brasil levou uma maioria de mulheres para as competições. A equipe olímpica nacional levou a Paris 153 mulheres, o que representa 55% do total de atletas, um aumento de 8% em relação à edição anterior.
E esse dado que demonstra a força das atletas está sendo respaldado com uma diferença ainda maior quando o assunto é número de medalhas. Até 8 de agosto, as mulheres conquistaram 9 medalhas, sendo os dois ouros de Beatriz Souza (judô) e Rebeca Andrade (ginástica artística – solo); três pratas com umas medalha de Tatiana Weston-Webb (surfe) e duas de Rebeca Andrade (no individual geral e salto da ginástica artística); e quatro bronzes com Rayssa Leal (skate street), Larissa Pimenta (judô), Bia Ferreira (boxe) e equipe de ginástica artística composta por Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Julia Soares e Rebeca Andrade.
Os homens conquistaram 5 medalhas, duas pratas com Willian Lima (judô) e Caio Bonfim (marcha atlética) e três bronzes Gabriel Medina (surfe), Augusto Akio (skate park), Edival Pontes ‘Netinho’ (taekwondo).
No total o Brasil já tem 15 medalhas, sendo que uma delas (bronze) foi conquistada pela equipe mista de judô, com decisão no golden score (ponto de ouro, desempate) vencida pela judoca Rafaela Silva.
Mas a contribuição feminina não para por aí. A equipe de futebol ainda somará outra conquista no quadro de medalhas uma vez que disputa a final contra os Estado Unidos no próximo sábado (10), às 12 horas, e com isso já garantiu no mínimo a prata.
Mais uma medalha virá com Duda e Ana Patrícia que seguem firmes no vôlei de praia e brigam pela medalha de ouro com a final na sexta (9), às 16 horas. Portanto as mulheres já tem garantido 11 pódios. Outra possibilidade de medalha é no vôlei feminino que poderá conquistar o bronze no sábado (10), às 12h15, contra quem perder de Itália e Turquia.
Neste ritmo as mulheres do Brasil terminarão com mais medalhas do que os homens pela primeira vez na história dos Jogos.
Medalhas
O Brasil inteiro torce para que a delegação nacional conquiste mais medalhas nesta reta final de Olimpíadas. Antes do início dos Jogos a expectativa era chegar em 22 medalhas e quebrar o recorde de 21 medalhas de Tóquio, em 2020 (realizado em 2021). Mesmo que dificílima, esta possibilidade ainda existe.
O que passou longe é a repetição do número de ouros. No Rio, em 2016, e em Tóquio, foram sete douradas. Até agora o Brasil só conta com duas de ouro trazidas por Bia e Rebeca e tem no horizonte a inédita conquista do futebol feminino e o ouro do vôlei de praia. Permanecendo assim será uma Olimpíada somente com mulheres no lugar mais alto do pódio para o país.
A principal chance de uma medalha de ouro masculina segue com Isaquias Queiroz, na canoagem de velocidade.
Nos Jogos de Pequim, em 2008, e Londres, em 2012, as mulheres ganharam mais medalhas de ouros do que os homens. Foram três medalhas de ouro para o Brasil em cada oportunidade, com as mulheres ganhando duas em cada participação. Na China Maurren Maggi venceu no salto em distância e a seleção feminina de vôlei também ganhou, enquanto Cesár Cielo venceu nos 50 metros livre da natação. No Reino Unido o ouro veio com Sarah Menezes no judô e com o bicampeonato da seleção feminina de vôlei, com a outra medalha dourada para Artur Zanetti nas argolas da ginástica artística.
As primeiras medalhas femininas para o Brasil vieram em Atlanta, em 1996, com a dobradinha no pódio do vôlei de praia com o ouro de Sandra Pires e Jaqueline Silva e a prata para Adriana Samuel e Mônica Rodrigues. Na ocasião as mulheres ainda conquistaram prata com a seleção feminina de basquete e o bronze com a seleção de vôlei.