Site do Palestinian Daily News mostra foto do jornalista Ibrahim Muharab, assassinado em serviço por Israel | Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos (SJP) denunciou o assassinato de Ibrahim Muharab. Ele é o 161º profissional de imprensa morto pela barbárie de Netanyahu.

Seu assassinato aconteceu quando ele estava em serviço na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, uma das regiões mais atacadas pelas forças genocidas de Israel, neste último mês.

Muharab estava usando a veste que o identificava como jornalista e estava com um grupo de colegas também identificados pelas vestes quando o exército israelense deliberadamente atacou e matou Muharab. Uma colega, Salma Al-Qaddoumi, ficou ferida com estilhaços nas costas.

O SJP denunciou o ataque como crime cometido por Israel assim como o assassinato sistemático de jornalistas que estavam denunciando os crimes do estado genocida e pede pela responsabilização de Israel por crimes contra a humanidade.

Nos 10 meses das agressões contra o povo palestino, 161 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos por Israel, isso corresponde a mais de 12% dos jornalistas que estão trabalhando em Gaza. Comparando com o número de mortos durante a 2ª Guerra Mundial, 69 jornalistas, e em toda a Guerra do Vietnã, 63 jornalistas é possível aquilatar a dimensão da chacina israelense e seu terrorismo contra a imprensa na vã tentativa de que seu genocídio passe impune e desapercebido do mundo. Tarefa impossibilitada pelo heroísmo dos trabalhadores da imprensa em Gaza que persistem em cumprir a missão de expor os crimes nazistas do governo de Netanyahu e seus cúmplices.

PARE DE ARMAR GENOCIDAS DE ISRAEL

Um grupo de mais de 100 jornalistas responsabilizou o governo dos Estados Unidos por armar os israelenses e enviou uma carta ao secretário de Estado Anthony Blinken pedindo um embargo de armas contra Israel.

Na maioria jornalistas americanos, 4 deles vencedores do prêmio Pulitzer, junto com 18 agências de comunicação e 7 organizações de luta pela liberdade imprensa, eles se reuniram para mostrar solidariedade aos jornalistas palestinos e denunciar a cumplicidade americana ao genocídio em Gaza que já matou mais de 40.000 palestinos.

“As ações militares de Israel não são possíveis sem armamento dos EUA, ajuda militar dos EUA e apoio diplomático dos EUA. Ao fornecer armas que estão sendo usadas para matar jornalistas deliberadamente, são cúmplices em umas das maiores afrontas à liberdade de expressão dos dias atuais,” escreveram em carta ao governo americano. Laura Poitras, Kai Bird, James Bamford e Spencer Ackerman, vencedores do Pulitzer assinaram a carta defendendo o direito de jornalistas à livre expressão e pedindo mais proteção a jornalistas. 

A carta observa que mesmo com o massacre de jornalistas em Gaza o governo que Blinken integra continua enviando bilhões em dinheiro, armas e equipamento militar para que Israel continue com sua matança, fazendo de sua fala sobre liberdade de expressão meras palavras ao vento.

Fonte: Papiro