Allan dos santos | Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), abriu novo inquérito para investigar o bolsonarista foragido Allan dos Santos sobre suposta atuação coordenada para difundir informações falsas com o intuito de interferir no curso de investigação criminal em trâmite no Supremo.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a abertura de investigação e o bloqueio de contas do blogueiro foragido nos EUA.

Moraes também intimou a empresa “X” – antigo Twitter – para que, no prazo de 2 horas, bloqueie o perfil responsável pela publicação das notícias fraudulentas sob pena de multa diária de R$ 100 mil, além da intimação da empresa Meta para que também bloqueie o perfil.

Conforme a ação, apresentada pela jornalista Juliana Dal Piva, Allan dos Santos publicou em redes sociais mensagens em que, supostamente, a profissional confessa plano do ministro Alexandre de Moraes para prender Jair Bolsonaro (PL).

Ele publicou na plataforma prints de mensagens falsificadas, que Juliana teria enviado a ele, com supostas ameaças. Ele também ataca o ICL (Instituto Conhecimento Liberta), onde trabalha Juliana Dal Piva.

A representação “aponta que as capturas de tela divulgadas foram manipuladas e que, mesmo sendo alertado sobre a fraude, Allan dos Santos continuou a difamar a jornalista”. A Procuradoria considerou que a mensagem é falsa.

Em abril, o bolsonarista voltou a criar conta em rede social, o que contraria decisão do STF, que baniu a participação dele em 2021. De acordo com Santos, essa é a 39ª conta aberta por ele.

Foragido da Justiça brasileira, Santos vive nos Estados Unidos desde 2020, onde burla sucessivamente a proibição do STF com criação de novos perfis nas redes sociais. Em dezembro de 2023, ele havia criado mais uma conta no Instagram, sendo o 38º perfil.

Em julho de 2020, o bolsonarista fugiu da Justiça brasileira para os Estados Unidos, quando o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão dele em razão do inquérito das milícias digitais.

Em julho de 2022, o blogueiro bolsonarista foi condenado a 1 ano e 7 meses de detenção, em regime inicial aberto, pelo TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) por calúnia e difamação contra a cineasta Estella Renner, ligada à produtora Maria Farinha Filmes.

A condenação foi determinada por conta de vídeo publicado por Santos no YouTube, em setembro de 2017, no qual ele cita a profissional como responsável por “destruir a família e a vida de nossas criancinhas”.

Fonte: Página 8