Paramédico palestino ampara jovem ferida por Israel em bombardeio de escola em Gaza | Foto: Al Jazeera

Mísseis lançados pelas forças de Netanyahu destruíram mais duas escolas no domingo, após destruir uma no sábado (3). A primeira delas, no sábado, estava localizada no bairro de Sheikh Radwan, na cidade de Gaza.

As recentes chacinas, que vêm se somar a milhares de outros crimes sob julgamento da Corte Internacional de Justiça, em Haia, deixaram 47 civis palestinos mortos, na maioria jovens e crianças. Em torno de 200 outros ficaram feridos com as explosões, estilhaços e queda da estrutura dos prédios reduzidos a escombros.

Segundo informa a agência palestina de notícias, Wafa, a escola atingida no sábado foi alvo de três mísseis fazendo com que as equipes de resgate demorassem a entrar no local devido ao receio de chegada de mais bombas.

As vítimas sobreviventes foram deslocadas para o que restou do também bombardeado hospital Al Ahli.

As escolas Hassan Salama e al-Nasr foram as atingidas pelas bombas israelenses neste domingo.

O ataque a escolas e hospitais tem sido uma das atrocidades constantes cometidas pelo genocídio perpetrado por Israel contra os palestinos na faixa de Gaza, um genocídio que, como amplamente divulgado, denunciado e documentado, também se vale da fome, falta de água, remédios, combustíveis para ampliar um morticínio que, segundo estudo da prestigiada revista médica The Lancet, se aproxima das 200 mil vítimas fatais.

De acordo com a Defesa Civil Palestina na Faixa de Gaza, 80% das mortes nos bombardeios a escolas foram de jovens e crianças.

Em informe desde a cidade de Deir Balah, na Faixa de Gaza, o correspondente da Al Jazeera, Hani Mahmoud, disse que os prédios “ficaram inteiramente danificados”.

“Este cenário, que vem se repetindo nos dias mais recentes, atinge prédios onde deslocados buscam abrigo, uma situação aterrorizante pois, além de atacar os locais, os israelenses não dão nenhum aviso”, denuncia Mahmoud.

“Tudo vai acontecendo de forma imprevisível, aumentando o número de vítimas e elevando o trauma de uma população já deslocada, em alguns casos cinco, seis ou sete vezes dentro da Faixa de Gaza”, acrescenta.

Antes desses ataques, a escola mais recentemente bombardeada, na quinta-feira, 1º de agosto, estava localizada no bairro de Shukhaia. Ali sucumbiram outros 15 palestinos.

Os bombardeios ao longo da Faixa de Gaza, que já se estendem por 302 dias, têm obrigado mais de dois milhões de palestinos a abandonarem seus lares e se deslocarem pela região, onde passam a morar em prédios públicos e tendas, ambos sujeitos a bombardeio a qualquer momento.

Fonte: Papiro