Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar um inquérito contra Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, que apurava o pagamento de propinas, por parte da Odebrecht (atual Novonor), nas obras da Ferrovia Norte-Sul.

O caso era vinculado à Operação Lava Jato. A medida de Gilmar Mendes também beneficiou o ex-deputado federal Milton Monti, que era filiado ao PL na época.

O inquérito foi aberto em 2017, depois que executivos da Odebrecht disseram em suas delações premiadas que pagaram propina para o grupo político de Valdemar da Costa Neto para a obra da ferrovia.

Eram investigados os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo os próprios empresários, a propina cobrada era de 4% sobre o valor total da obra, sendo que 3% ficariam com o grupo de Valdemar e 1% iria para o grupo de José Sarney.

Os delatores entregaram para o inquérito o registro de entrada de Valdemar nos locais que eram utilizados para a negociação de propinas e extratos de ligações telefônicas;

O esquema de corrupção citado envolvia as obras na Ferrovia Norte-Sul, realizadas pela Valec, empresa pública voltada para a área ferroviária.

Para Gilmar Mendes, o arquivamento se justifica pela falta de avanço na coleta de provas. Sem novas provas, disse o ministro, as afirmações feitas pelos delatores são “isoladas e genéricas”.

Fonte: Página 8