Conselho Nacional Eleitoral atende ao Supremo venezuelano e lhe entrega atas de votação
Ao final desta segunda-feira, dia 5, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela anunciou o recebimento das atas preenchidas nos locais de votação, assim como a ata da proclamação de Nicolás Maduro a presidente reeleito, conforme solicitado ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O Supremo também solicitou documentação comprobatória da pane no sistema eleitoral informatizado causada por hackers, conforme denúncia do CNE.
O anúncio foi feito pela juíza Caryslia Beatriz Rodríguez, presidente do Supremo, declarando “haver recebido todos os documentos solicitados ao Conselho Nacional Eleitoral”.
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, por sua vez, confirmou a entrega da documentação ao STJ: “”As reitoras e os reitores do Conselho Nacional Eleitoral, cumprindo o mandato constitucional emitido pelo Tribunal Supremo de Justiça, entregam na secretaria do STJ todos os documentos solicitados pelo máximo tribunal da República”.
Os documentos foram entregues pelo CNE uma vez que o STJ dera, nesta sexta-feira (2), ao órgão eleitoral venezuelano um prazo de 72 duas horas a contar a partir do sábado para a entrega da documentação.
Na mesma declaração, a presidente do STJ chamou todos os candidatos dos partidos e coalizões que concorreram ao pleito de 28 de julho a comparecerem – com data e hora estipulada – para apresentarem documentos comprobatórios de quaisquer questionamentos quanto à lisura da recepção e contagem dos votos.
O STJ também estipulou um prazo de 15 dias, a partir desta segunda-feira, para o escrutínio do processo eleitoral.
Foi o próprio candidato eleito, Nicolás Maduro, que solicitou ao Supremo o escrutínio da eleição e apuração, após as alegações de fraude que partiram do candidato derrotado, González Urrutia.
Aliás, Urrutia, que se nega a comparecer ao tribunal para apresentar suas alegações e comprovações de fraude, como alardeia através da mídia, seguiu a orientação de Washington, através do secretário de Estado, Antony Blinken, e se autoproclamou presidente – assim que o Supremo anunciou o início do escrutínio – contando com o reconhecimento não dos órgãos venezuelanos, mas da Casa Branca.
Fonte: Papiro