Atletas do tênis de mesa feminino. Foto: Xinhua/Liu Xu

A China alcançou o seu melhor desempenho Olímpico em Paris desde Pequim-2008, quando sediou os Jogos e terminou a disputa com 48 medalhas de ouro contra 36 dos Estados Unidos. O hino chinês chegou a ser tocado 51 vezes na oportunidade, mas o Comitê Olímpico posteriormente retirou três conquistas.

Dessa vez, na França, por apenas uma medalha dourada os chineses não terminaram novamente à frente. No total de ouros, 40 para cada lado. Porém os EUA tiveram 44 pratas ante 27 da China no desempate.

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A igualdade no número de ouros em ‘solo neutro’ (diferente do que foi em Pequim) indica, em partes, o que o país asiático tem representado aos estadunidenses também fora do desporto: um gigante na disputa pela hegemonia global.

Muitos observam que em poucos anos a China ultrapassará os EUA como maior economia. No caso dos Jogos Olímpicos, mesmo que os atletas sejam apenas puro reflexo das condições e oportunidades ofertadas por seus países, acabam por entrar nesta disputa por números – ainda que seja levada somente para o campo publicitário – onde nenhum lado quer perder qualquer frente de batalha.

Medalhas

As medalhas chinesas são conquistadas em diversos esportes, uma vez que o total nesta edição somado aos bronzes (24) foi de 91. Em alguns esportes o domínio é absoluto e histórico, como no tênis de mesa (5 ouros) e nos saltos ornamentais (8 ouros), em que o time chinês venceu em todas as ocasiões.

Das piscinas vieram 12 medalhas, sendo 2 de ouro. Uma delas veio com Pan Zhanle, de 19 anos, nos 100 metros livre com direito a recorde mundial.

Mais um ouro celebrado é o de Zheng Qinwen, de 21 anos, que levou o país ao lugar mais alto do pódio no tênis feminino pela primeira vez, justamente na quadra histórica de Roland Garros.

Outras profusões de medalhas vieram do tiro esportivo e da ginástica artística, além dos excelentes desempenhos no boxe, atletismo, badminton, lutas (livre e greco-romana/wrestling) e levantamento de peso.

Agora resta saber se este excelente desempenho se repetirá em 2028, em Los Angeles (EUA). A tentação de estragar a festa do ‘rival’ na sua casa é grande, o que pode impulsionar a China a levar uma grande delegação para a Califórnia.

Por outro lado, ao disputar em casa os atletas do país com o maior número de ouros na história contam com a torcida e vagas garantidas em todas as modalidades.

Wang Manyu, Sun Yingsha e Chen MengFoto: Xinhua/Liu Xu