Cerca de 700 palestinos deslocados estavam abrigados na escola bombardeada por Israel | Foto: Al Jazeera

Dezenas de pessoas foram soterradas sob prédio da escola Mustafa Hafiz, outros foram executados pelo bombardeio no movimentado mercado de Deir el-Balah. Nos corredores do hospital Árabe al-Alhi, superlotado, crianças são maioria das vítimas.

Alvejando uma escola e um mercado movimentado na Faixa de Gaza, Israel acrescenta mais mortos ao genocídio que desde o dia 7 de outubro passado vem perpetrando. Com mais este ataque desta segunda-feira (20), o número de mortos palestinos – a grande maioria mulheres e crianças – passa dos 40.100 e o de feridos, outros 92.857, deixando milhares de mutilados.

Pelo menos oito pessoas foram massacradas no mercado de Deir el-Balah, no centro de Gaza, horas depois de outra escola – Mustafa Hafiz – ser atacada, matando 12 palestinos deslocados, que buscaram abrigo no prédio escolar.

Conforme um correspondente da Al Jazeera no local, todas as projeções apontam que o número de mortos vai aumentar. “Esta área fica perto do mercado, é uma rua muito movimentada. Tem muito trânsito e é por isso que pode haver muitas mais vítimas”, explicou Hind Khoudary, da Al Jazeera.

De acordo com a Al Jazeera, é grande o número de crianças ferido no ataque ocorrido na área a menos de um quilômetro do Hospital Al-Aqsa, para onde a maior parte foi levada. “Há pelo menos 10 palestinos, incluindo crianças, ainda na UTI”, disse Khoudary. “A maioria dos feridos eram crianças. Nós os vimos no hospital, nos corredores, deitados no chão, cobertos de sangue e esperando por médicos”.

As equipes de emergência continuam procurando por sobreviventes, e acredita-se que dezenas de vítimas ainda continuem soterradas após o desabamento do prédio da escola.

Segundo o exército israelense, o “alvo” na escola era um “centro de comando” usado por combatentes palestinos no local – alegação que faz sempre que é flagrado cometendo crimes de lesa-humanidade.

Apesar da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas exigindo um cessar-fogo imediato, Netanyahu continua praticando genocídio e atacando sistematicamente instalações civis, priorizando escolas, hospitais e locais de culto.

Em nome do Hamas, Osama Hamdan condenou a política belicista israelense que, com o aval do governo estadunidense, insiste no confronto sem levar em conta a multiplicação de vítimas inocentes, principalmente as de menor idade. “A proposta era que Israel recuaria completamente em duas fases e um cessar-fogo completo”, apontou Hamdan, mas o regime israelense tenta impor apenas “um cessar-fogo temporário de seis semanas”.

Fonte: Papiro