Aloizio Mercadante, presidente, e Nelson Barbosa, diretor, em entrevista coletiva. Foto: Rossana Fraga/BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) anunciou que obteve um lucro líquido recorrente no primeiro semestre 94% maior do que em igual período de 2023. O valor saiu de R$ 3,7 bilhões nos mesmos meses do ano passado para R$ 7,2 bilhões agora. Segundo a instituição, o resultado financeiro foi concentrado principalmente em ganhos de crédito e tesouraria.

Lucro líquido recorrente é aquele obtido das operações tradicionais da instituição, sem acréscimo de dividendos e recuperações de crédito, por exemplo. Com esses acréscimos, o lucro líquido total foi de R$ 13,3 bilhões no período, superior aos R$ 9,5 bilhões apurados no 1º semestre de 2023. 

“Os resultados do primeiro semestre de 2024 comprovam que, no governo do presidente Lula, o BNDES retomou o seu papel como o principal instrumento de promoção do desenvolvimento do Brasil. Em janeiro de 2023, encontramos o Banco com funding e liquidez comprometidos”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante coletiva em que apresentou os dados, nessa terça (13), na sede do Banco, no Rio de Janeiro.

Mercadante completou dizendo que “agora, alcançamos a maior carteira de crédito dos últimos seis anos, com inovações importantes para captação de recursos sem impacto primário, como a ampliação do Fundo Clima, a Letra de Crédito do Desenvolvimento e o Fundo Investimento em Infraestrutura Social”. 

Segundo o balanço, as aprovações de crédito nos primeiros seis meses de 2024 superaram as marcas dos últimos seis anos, somando R$ 66,5 bilhões — aumento de 83% em relação ao mesmo período de 2023. 

Os desembolsos do BNDES, que totalizaram R$ 49,3 bilhões no primeiro semestre de 2024, mantêm trajetória de crescimento, com um aumento de 21% frente ao mesmo período de 2023.

Desempenho setorial

Ainda de acordo com os dados do BNDES, o volume total de aprovações de crédito do banco “cresceu expressivamente em todos os recortes setoriais”. Entre as áreas de maior destaque estão infraestrutura (R$ 26,3 bilhões) e indústria (R$ 14,5 bilhões), seguidos de comércio e serviços (R$ 11,4 bilhões) e agropecuária (R$ 14,2 bilhões).

No caso das micro, pequenas e médias empresas, as aprovações de crédito totalizaram R$ 29,3 bilhões — aumento de 53,2% frente a igual período de 2023, quando somaram R$ 19,1 bilhões.

No que diz respeito aos ativos totais do Sistema BNDES, a soma foi de R$ 778 bilhões em 30 de junho de 2024, um acréscimo de R$ 45,5 bilhões em relação a dezembro de 2023. 

Vale salientar o aumento de R$ 15,2 bilhões da carteira de crédito expandida e de R$ 25,3 bilhões dos títulos e valores mobiliários, em função de ingressos de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima e do Tesouro Nacional, visando o Programa BNDES Emergencial do Rio Grande do Sul.

Com informações da Agência Gov

(PL)