Bebê Rim é segurada por uma parente após sobreviver a bombardeio de Netanyahu | Foto: Reuters

Uma bebê de 3 meses foi a única sobrevivente de um bombardeio israelense que assassinou 10 membros de uma mesma família em Abasan, no leste de Khan Yunis, nesta terça-feira (13), – pais, cinco filhos e três filhas – registrou a AFP.

“Há apenas uma sobrevivente da família, de três meses”, disse à agência de notícias francesa um funcionário do hospital Naser, sob anonimato. “O nome da bebê é Rim”, ele acrescentou.

Ela estava envolta em um vestido preto e com o rosto cheio de feridas, cena que causou enorme comoção no Hospital.

“Esta menina foi retirada dos escombros. Toda a sua família está morta, incluindo a mãe. Quem vai amamentá-la?”, questionava Ibrahim Barbakh, um residente de Khan Yunis, com a bebê nos braços.

Contatado pela AFP, o exército invasor israelense não quis comentar o massacre que perpetrou.

MORREM GÊMEOS DE QUATRO DIAS, A MÃE E A AVÓ

A chacina não foi a única do dia. Em Deir al Balah, na região central de Gaza, gêmeos recém-nascidos foram mortos com sua mãe e avó enquanto seu pai foi buscar certidões de nascimento cedo nesta terça-feira.

Aysal, uma menina, e o irmão Aser nasceram no fim de semana e tinham apenas quatro dias de idade quando o pai Mohammed Abu al Qumsan foi fazer o registro. Sua esposa, a farmacêutica Joumana Arafa, deu à luz por cesariana e anunciou a chegada dos gêmeos no Facebook.

Pai dos gêmeos segura certidões dos filhos que morreram enquanto ele estava no cartório (Fotomontagem Yahoo)

Quando ele voltou com os certificados, sua família havia sido morta em um ataque aéreo. O vídeo compartilhado nas redes sociais mostra Mohammed em estado de choque sendo consolado por outras pessoas, enquanto alguém segura o que parecem ser certidões de nascimento.

“Não sei o que aconteceu”, disse o transtornado pai. “Disseram-me que foi um projétil que atingiu a casa.” Seus gritos ficam mais silenciosos e ele parece desmaiar enquanto dois outros homens tentam segurá-lo.

De acordo com a mídia local, a família havia sido deslocada do norte de Gaza e se abrigado em Deir al Balah.

Fonte: Papiro