União Europeia condena “lei” de Israel que desconhece o direito palestino a seu Estado
A União Europeia condenou a resolução aprovada pelo Knesset, o parlamento de Israel, rejeitando o estabelecimento do Estado da Palestina e a Solução de Dois Estados, mesmo que seja parte de um acordo negociado com Israel.
“Há um forte consenso na comunidade internacional de que a única solução sustentável que trará paz e segurança ao Oriente Médio é a Solução de Dois Estados”, ressaltou a UE nesta quinta-feira, 18, em comunicado à imprensa, em repúdio à usurpação de Netanyahu contida na lei que nega as resoluções da ONU, inclusive a que criou o Estado de Israel ao lado do Estado da Palestina em 1947.
Afirmando que palestinos e israelenses têm o mesmo direito de viver em segurança, dignidade e paz, o bloco europeu reiterou seu compromisso inabalável com a paz duradoura e sustentável de acordo com as resoluções da ONU, incluindo as Resoluções do Conselho de Segurança, 2735, 2728, 2720 e 2712, como base para a Solução de Dois Estados.
A declaração acrescentou: “Em linha com sua posição comum de longa data e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, a UE não reconhecerá mudanças nas fronteiras de 1967, a menos que haja acordo entre as partes”.
“Continuaremos a trabalhar ativamente com parceiros internacionais e regionais para reviver um processo político para esse fim. Um caminho confiável para o Estado palestino é um componente crucial desse processo político. Nenhuma esperança, nenhum horizonte para o povo palestino só aprofundará o conflito”, finalizou.
Somando-se de forma contundente à UE, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da França reafirmou a sua condenação à resolução do Knesset, sublinhando que é contrária às resoluções adotadas no Conselho de Segurança.
Destacando que a Solução de Dois Estados é a única que garante uma paz justa e duradoura para israelenses e palestinos, bem como a estabilidade da região, o Ministério apelou a que não se questione mais esta necessidade reconhecida pela esmagadora maioria da comunidade internacional.
Denunciou a profanação e “as violações do status quo por parte do ministro israelense da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém”, e estimou que essas “ações irresponsáveis ameaçam piorar a desestabilização da região”.
O Ministério francês reafirmou “a necessidade de implementar a Solução de Dois Estados que coexistam lado a lado em paz e segurança, incluindo o estabelecimento de um Estado da Palestina soberano, viável e geograficamente conectado, bem como um compromisso firme e corajoso dos líderes políticos israelenses e palestinos em favor da paz”.
Fonte: Papiro