Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Deflagrada em 20 de janeiro de 2023, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), a operação não tinha data para encerramento. Todavia a PF (Polícia Federal) prorrogou, até janeiro de 2025, as investigações da Operação Lesa Pátria, que apura os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A corporação já abriu 28 fases da operação, a mais recente dessas, no último dia 20, no rastro de financiadores do 8 de janeiro e de bloqueios em rodovias após as eleições de 2022.

Quando as primeiras etapas da Operação foram abertas, o foco principal era localizar e prender os executores dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.

Pelo menos 240 investigados ou já condenados estão presos, entre eles Antônio Cláudio Alves Ferreira, acusado de jogar ao chão o relógio de D João VI no Palácio do Planalto.

Na semana passada, Ferreira foi sentenciado a 17 anos de prisão, a pena padrão do STF para os golpistas que cometeram crimes mais graves, segundo as investigações da PF.

As fases mais recentes da investigação miram os financiadores e incitadores, entre eles os empresários de Santa Catarina Horst Bremer Junior e Lilian Bremer Vogelbacher, diretores do grupo Bremer.

No final de maio, a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou Horst, Lilian e outros 7 suspeitos de ligação com os bloqueios de rodovias após as eleições de 2022.

Em janeiro, 1 ano após a invasão e depredação das dependências do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF, a PF divulgou resultados da Lesa Pátria — 97 mandados de prisão preventiva cumpridos, 313 buscas realizadas e R$ 11,6 milhões em bens apreendidos.

O balanço levou em consideração, as 22 primeiras fases da ofensiva.

A ofensiva apura, pelo menos, 5 crimes: 1) abolição violenta do Estado Democrático de Direito, 2) golpe de Estado, 3) dano qualificado, 4) associação criminosa, incitação ao crime, destruição, e 5) deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Fonte: Página 8