Equipe brasileira de ginástica artística chegou à vila olímpica nesta quinta-feira (18) | Foto: @cbginastica

Faltando apenas uma semana para o início dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, na França, a ginástica artística brasileira vem forte e tem tudo para ser o carro-chefe do país nos Jogos. O esporte chega à capital francesa como o que tem mais chances de medalha para o país. A equipe já se encontra em Paris.

Liderada pela campeã olímpica Rebeca Andrade, a seleção brasileira de ginástica artística chega ao evento como favorita a quatro pódios, mas pode repetir o feito do Mundial de 2023, quando bateu o recorde de seis medalhas. Rebeca chega a Paris 2024 com possibilidades de se tornar a atleta com mais medalhas na história Olímpica do Brasil. Seu impacto no universo Olímpico é tão grande e recente, que ainda é difícil mensurar todo seu tamanho. 

Em agosto de 2021, nas Olimpíadas de Tóquio, ela se tornou a primeira mulher e apenas quinta atleta brasileira multi-medalhista em uma mesma edição de Jogos Olímpicos. Desde então, a carreira deslanchou nestes três anos. É também uma das 11 mulheres a ter conquistado medalha em todos os eventos do Campeonato Mundial de Ginástica Artística, com três títulos mundiais, quatro pratas e dois bronzes. Nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 foram dois ouros, e duas pratas. Além disso, ela venceu por três vezes consecutivas o Prêmio de Atleta Feminina do Ano outorgado pelo Comitê Olímpico do Brasil. É a única atleta na história do prêmio, em qualquer gênero, a conseguir esse feito.

Além de Rebeca, a equipe do Brasil irá contar com Jade Barbosa, Julia Soares, Lorrane Oliveira e Flávia Saraiva. O quinteto brasileiro ficou em segundo lugar na final por equipes no Mundial do ano passado e tem tudo para repetir o resultado em Paris, brigando com países como Estados Unidos, China, Itália e França. Flávia também tem chances de medalhas na trave e no solo. Ela foi finalista na trave nas últimas duas Olimpíadas e bronze no solo no Mundial de 2023.

No masculino, bronze no solo da Rio 2016, Arthur Nory focou na barra fixa, aparelho em que foi campeão mundial em 2019 e bronze em 2022. Também foi finalista no último Mundial. Acabou perdendo a disputa com o taiwanês Tang Chia-hung e o lituano Robert Tvorogal. 

Atual campeão olímpico e mundial, o japonês Daiki Hashimoto é o favorito. O brasileiro, porém, pode surpreender se repetir os 14,533 pontos que conseguiu na etapa de Doha da Copa do Mundo, em abril.

Por fim, o conjunto de ginástica rítmica pela primeira vez desponta também como candidata ao pódio e até no trampolim o país pode surpreender com Camilla Gomes, que foi finalista do Mundial no ano passado e figurou no pódio de algumas etapas da Copa do Mundo. As chinesas Hu Yicheng e Zhu Xueying (atual campeã olímpica), a britânica Bryony Page (atual campeã mundial) e a japonesa Hikaru Mori (campeã mundial de 2022) são as favoritas.

Na ginástica rítmica, a campeã pan-americana Barbara Domingos foi à final do último Mundial no individual geral, a prova olímpica, e terminou na 11ª posição. A brasileira cresceu na reta final para os Jogos de Paris e foi a todas as decisões por aparelhos na etapa da Copa do Mundo de Cluj-Napoca, na Romênia, conquistando um bronze na fita.

Fonte: Página 8