Sonda chinesa Chang'e-6 pousou no lado oculto da Lua e, de lá, trouxe pedras que evidenciam presença do hélio-3 | Foto: Reprodução

A China informa da descoberta de reservas do isótopo hélio-3 no lado oculto da Lua. O gás é visto como matéria-prima fundamental na produção de energia através da fusão nuclear, reconhecida como possibilidade de obtenção de energia limpa.

O hélio-3 é um isótopo escasso na Terra, mas depois do lançamento da sonda chinesa Chang’e-5 em 2020, foi descoberto um minério (nomeado por cientistas chineses de ‘Changesite-(Y)’) que contém partículas de hélio-3. A ida da nova sonda com alunissagem bem-sucedida no lado oculto da Lua levanta a possibilidade de haver uma grande jazida na Lua.

O hélio-3 pode ser uma alternativa limpa de combustível, proporcionando energia nuclear de forma mais segura e eficiente.

Os cientistas chineses avaliam que a ausência de um campo magnético potente na Lua foi um fator determinante na geração de hélio-3 em alta quantidade em seu solo, também foi determinante a falta de proteção aos ventos solares durante milhões de anos. Proteção que a Terra possui.

O lançamento da sonda Chang’e-6, em 3 de maio, com o objetivo de pesquisar o lado oculto da Lua e coletar amostras de solo e pedras teve sucesso, sendo a primeira vez na história da humanidade em que pousaram uma sonda no outro lado da Lua. Para cientistas, é nas partes mais obscuras que pode haver concentrações de hélio-3 o que pode revolucionar a produção de energia limpa.

Com uma base na Lua, os cientistas poderão fazer análises no solo mais detalhados não só de minérios valiosos mas também pesquisas sobre a formação do Sistema Solar.

Fonte: Papiro